Crime contra bancos domina o Interior e aterroriza população.
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Imagem Ilustrativa |
Até agosto são 22 ataques, segundo levantamento do Sindicato dos Bancários do Ceará (Seeb) fornecido ao Diário do Nordeste Online. Ano passado, no mesmo período, haviam sido 18 ações - um aumento de 18% aproximadamente. O foco principal dos assaltos, tentativas, sequestros, arrombamentos e ataques a caixas eletrônicos continua sendo este ano o
Interior do estado, com 18 das 22 ocorrências.
Junho foi o mês em que mais aconteceram ataques a bancos este ano. Foram registrados seis ocorrências – todas no Interior do Ceará. Um dos casos, em Limoeiro do Norte, chegou a envolver sequestro.
Nesta ocorrência em Limoeiro do Norte os bandidos sequestraram a família do gerente da agência do Banco do Brasil e o forçaram a retirar dinheiro da instituição. O fato aconteceu enquanto a família almoçava em casa. O servidor, chegando à residência, deparou-se com esposa e filhos amarrados. O crime somente foi encerrado quatro horas depois, com a
libertação da família. O valor roubado não foi revelado.
Até o último relatório do Sindicato dos Bancários somente um ataque terminou com morte, em Uruoca, no noroeste do Ceará. No primeiro ataque do ano, em 14 de janeiro, o vigilante João Batista Souza Coelho foi atingido com um tiro na cabeça em uma emboscada ao carro-forte que ele dirigia.
Situação é precária, diz sindicato
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra, o aumento do número de ataques a banco no Ceará pode ter influência de quadrilhas do eixo Sul-Sudeste, mas principalmente à falta de investimento das próprias instituições bancárias. “Apesar de existirem situações mais precárias em outros estados, como Bahia e Pernambuco, os bancos do Ceará ainda apresentam uma situação precária quanto à segurança”, diz Carlos Eduardo.
Segundo ele, os bancos privados possuem condições para reforçar a segurança, mas investem em outras áreas. “Bradesco, Itaú e todos os bancos privados têm condições de melhorar a segurança, mas ele preferem investir em tecnologia, em inovação - algo que apareça na mídia”, comenta.
Equipamentos são opcionais
Quanto aos itens de segurança, por sua vez, Bezerra lembra que os bancos são obrigados por lei a adotar apenas dois requisitos: instalação de alarmes e um profissional de segurança. Já itens como câmera e detector de metais são opcionais, mas há hoje uma discussão na Assembleia Legislativa do Ceará para atualização das leis de segurança que regem os
bancos.
Atualmente, no Estado, há cerca de 620 instituições bancárias, segundo o Sindicato dos Bancários do Ceará.
Fonte DN
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