Juiz solta bando preso com fuzis
Uma
vasta quantidade de armas, munições e até explosivos foi apreendida
pela Polícia durante as deligências em Quixadá. Segundo as autoridades, o
grupo atacou vários bancos no Interior
JOSÉ LEOMAR
JOSÉ LEOMAR
No mesmo dia em que foi
registrado o 26º ataque a banco no Ceará, neste ano, a Justiça
surpreendeu as autoridades da Segurança Pública, ontem à tarde, com a
ordem para a Polícia soltar cinco dos oito membros de uma quadrilha que
havia sido presa, há menos de duas semanas, após arrombar um caixa
eletrônico em Quixadá.
O bando havia sido detido com um
arsenal que incluía armas de grosso calibre como fuzis e
submetralhadoras, além de explosivos e farta munição. A decisão judicial
ocorreu no fim da tarde de ontem. De madrugada, outro grupo atacou um
banco, explodiu o caixa eletrônico e atirou contra policiais militares
na cidade de Palmácia.
A ordem para libertar os
assaltantes foi anunciada, no fim da tarde, pelo juiz titular da Vara
Única de Mulungu e que está respondendo pela Terceira Vara de Quixadá,
Rommel Moreira Conrado. A pedido dos advogados de defesa da quadrilha,
ele concedeu liberdade provisória para os assaltantes David William
Lázaro, o ´Deivinho´ (apontado como chefe da quadrilha baseada em
Quixadá); João Alves de Queiroz Neto, o ´Pitchu´, tido como o braço
armado do bando; Henrique Aquiles de Castro Braga, que seria o
responsável pela manipulação de explosivos; e Antônio Ricardo Germano de
Lima. Os cinco haviam sido presos durante diligências das polícias
Civil e Militar em Quixadá após o bando ter arrombado o caixa do Banco
do Brasil instalado na Faculdade católica Rainha do Sertão, na madrugada
do último dia 18.
O juiz justificou a soltura dos
acusados alegando que eles "não haviam sido detidos em flagrante delito,
não terem sido presos imediatamente após o crime e que não foi
encontrada com os acusados nenhuma prova alusiva ao crime".
Outro ataque
Já na madrugada de
ontem, cerca de dez bandidos sitiaram a cidade de Palmácia (a 73Km de
Fortaleza), atiraram contra o destacamento da PM e atacaram a agência do
Bradesco, explodindo o caixa eletrônico, e levaram todo o dinheiro.
Artefatos
13 assaltos contra
bancos no Interior foram praticados com o uso de explosivos. Em dois
ataques contra carros-fortes também ocorreram explosões
Fonte: DN
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