Padre Emidio, 24 anos de Sacerdócio e 22 anos na Paroquia de Reriutaba.
Entrega de cestas básicas na semana santa |
Padre junto aos fiéis |
Padre Emidio completou 24 anos der Sacerdócio e 22 anos a frente da Paróquia de Reriutaba, Onde implantou uma forma diferente de evangelização, seja na igreja, seja nas ondas sonoras da Radio Gems FM de Reriutaba.
Campanhas |
Projetos em prol da dignidade humana: cabras leiteiras, casa de farinha, creches, convivência de idosos, trouxe cursos de computação, serigrafia, culinária. Realiza a 10 anos a distribuição de cestas básicas na semana santa, tendo começado distribuindo 200, hoje já distribui mais de 2000 cestas, no dia da criança distribui cerca de 2000 brinquedos para as crianças carentes, construi a ponte sobre o rio grande. Pe. Emidio trabalho que dignifica a pessoa na sua integridade, espiritual e humana. Obrigado padre!!
Por Chiquinho Carnaúba, Colaboração Darcior Ferreira.
Pref. Osvaldo e P.Emidio |
I. Idéia da dignidade
sacerdotal
Diz Sto. Inácio,
mártir, que a dignidade sacerdotal tem a supremacia entre todas as dignidades
criadas. Santo Efrém
exclama: “É um prodígio espantoso a dignidade do sacerdócio, é grande, imensa,
infinita. Segundo S. João Crisóstomo, o sacerdócio, embora se exerça na terra,
deve ser contado no número das coisas celestes. Citando Sto. Agostinho, diz
Bartolomeu Chassing que o sacerdote, alevantado acima de todos os poderes da
terra e de todas as grandezas do Céu, só é inferior a Deus. E Inocêncio III
assegura que o sacerdote está colocado entre Deus e o homem; é inferior a Deus,
mas maior que o homem.
Segundo S. Dionísio,
o sacerdócio é uma dignidade angélica, ou antes divina; por isso chama ao padre
um homem divino. Numa palavra, concluí Sto. Efrém, a dignidade sacerdotal
sobreleva a tudo quanto se pode conceber.
Basta saber-se que,
no dizer do próprio Jesus Cristo, os padres devem ser tratados como a sua
pessoa: Quem vos escuta, a mim escuta; e quem vos despreza, a mim
despreza. Foi o que fez dizer ao autor da Obra
imperfeita: Honrar o sacerdote de Cristo, é honrar o Cristo; e fazer
injúria ao sacerdote de Cristo, é fazê-la a Cristo”. Considerando a
dignidade dos sacerdotes, Maria d’Oignies beijava a terra em que eles punham os
pés.
II. Importância das
funções sacerdotais
Mede-se a dignidade
do padre pelas altas funções que ele exerce. São os padres escolhidos por Deus,
para tratarem na terra de todos os seus negócios e interesses; é uma classe
inteiramente consagrada ao serviço do divino Mestre, diz S. Cirilo de
Alexandria. Também Sto. Ambrósio chama ao ministério sacerdotal uma
“profissão divina”. O sacerdote é o ministro, que o próprio Deus
estabeleceu, como embaixador público de toda a Igreja junto dele, para o honrar,
e obter da sua bondade as graças necessárias a todos os
fiéis.
Não pode a Igreja
inteira, sem os padres, prestar a Deus tanta honra, nem obter dele tantas
graças, como um só padre que celebra uma missa. Com efeito, sem os padres, não
poderia a Igreja oferecer a Deus sacrifício mais honroso que o da vida de todos
os homens: mas o que era a vida de todos os homens, comparada com a de Jesus
Cristo, cujo sacrifício tem um valor infinito? O que são todos os homens diante
de Deus senão um pouco de pó, ou antes um nada? Isaías diz: São como uma
gota de água... e todas as nações são diante dele, como se não fossem.
Assim, o sacerdote
que celebra uma missa rende a Deus uma honra infinitamente maior,
sacrificando-lhe Jesus Cristo, do que se todos os homens, morrendo por ele, lhe
fizessem o sacrifício das suas vidas. Mais ainda, por uma só missa, dá o
sacerdote a Deus maior glória, do que lhe têm dado e hão de dar todos os anjos e
santos do Paraíso, incluindo também a Virgem santíssima; porque não lhe podem
dar um culto infinito, como o faz um sacerdote celebrando no
altar.
Além disso, o padre
que celebra oferece a Deus um tributo de reconhecimento condigno da sua bondade
infinita, por todas as graças que ele há sempre concedido, mesmo aos
bem-aventurados que estão no Céu. Este reconhecimento condigno nem todos os
bem-aventurados juntos o poderiam prestar; de modo que, ainda sob este ponto de
vista, a dignidade do padre está acima de todas as dignidades, sem excetuar as
do Céu.
Mais, o padre é um
embaixador enviado pelo universo inteiro, como intercessor junto de Deus, para
obter as suas graças para todas as criaturas; assim fala S. João Crisóstomo.
Santo Efrém ajunta que o padre trata familiarmente com Deus. Para o padre, numa
palavra, não há nenhuma porta fechada.
Jesus Cristo morreu
para fazer um padre. Não era necessário que o Redentor morresse para salvar o
mundo: uma gota de sangue, uma lágrima, uma prece lhe bastava para salvar todos
os homens; porque, sendo esta prece dum valor infinito, era suficiente para
salvar, não um mundo, mas milhares de mundos.
Pelo contrário, foi
necessária a morte de Jesus Cristo para fazer um padre: pois, de outro modo, —
onde se encontraria a Vítima que os padres da lei nova oferecem hoje a Deus,
Vítima santíssima, sem mancha, só por si suficiente para honrar a Deus duma
maneira condigna de Deus? O sacrifício da vida de todos os anjos e de todos os
homens não seria capaz, como acabamos de dizer, de prestar a Deus a honra
infinita, que lhe presta um padre com uma só missa.
III. Excelência do
poder sacerdotal
Mede-se também a
dignidade do padre pelo poder que ele exerce sobre o corpo real e o corpo
místico de Jesus Cristo.
Quanto ao corpo
real, é de fé que no momento em que o padre consagra, o Verbo encarnado se
obrigou a obedecer-lhe, vindo às suas mãos sob as espécies
sacramentais. Causou espanto que
Deus obedecesse a Josué, e mandasse ao sol que se detivesse à sua voz, quando
ele disse: Sol! fica-te imóvel diante de Gabaon... E o sol deteve-se no
meio do Céu.
Mas é muito maior
prodígio que Deus, em obediência a poucas palavras do padre, desça sobre o
altar, ou a qualquer parte em que o sacerdote o chame, quantas vezes o chamar, e
se ponha entre as suas mãos, embora esse sacerdote seja seu inimigo! Aí
permanece inteiramente à disposição do padre, que pode transportá-lo à sua
vontade dum lugar para outro, encerrá-lo no tabernáculo, expô-lo no altar, ou
ministrá-lo aos outros.
É o que exprime com
admiração S. Lourenço Justiniano, falando dos padre: “Bem alto é o poder
que lhes é dado! Quando querem, demudam o pão em corpo de Cristo: o Verbo
encarnado desde do Céu e desce verdadeiramente à mesa do altar! É-lhes dado um
poder que nunca foi outorgado aos anjos. Estes conservam-se junto do trono de
Deus; os sacerdotes têm-no nas mãos, dão-no ao povo e eles próprios o
comungam”.
Quanto ao corpo
místico de Jesus Cristo, que se compõe de
todos os fiéis, tem o sacerdote o poder das chaves: pode livrar do inferno o
pecador, torná-lo digno do Paraíso, e, de escravo do demônio, fazê-lo filho de
Deus. O próprio Jesus Cristo se obrigou a estar pela sentença do padre, em
recusar ou conceder o perdão, conforme o padre recusar ou dar a absolvição,
contanto que o penitente seja digno dela.
De modo que o juízo
de Deus está na mão do padre, diz S. Máximo de Turim. A sentença do padre
precede, ajuda S. Pedro Damião, e Deus a subscreve. Assim, conclui S. João
Crisóstomo, o Senhor supremo do universo não faz senão seguir o seu servo,
confirmando no Céu tudo quanto ele decide na terra.
Os padres, diz Sto.
Inácio, mártir, são os dispensadores das graças divinas e os consócios de Deus.
E, segundo S. Próspero, são a honra e as colunas da Igreja, portas e porteiros
do Céu.
Se Jesus Cristo
descesse a uma igreja, e se sentasse num confessionário para administrar o
sacramento da Penitência, ao mesmo tempo que um padre sentado no outro, o divino
Redentor diria: Ego te absolvo (Eu te absolvo) o padre diria o
mesmo: Ego te absolvo (Eu te absolvo); e os penitentes ficariam
igualmente absolvidos, tanto por um como pelo outro.
Que honra para um
súdito, se o seu rei lhe desse poder para livrar da prisão quem lhe aprouvesse!
Mas muito maior é o poder dado pelo Padre Eterno a Jesus Cristo, e por Jesus
Cristo aos padres, para livrarem do inferno, não só os corpos, mas até as almas;
esta reflexão é de S. João Crisóstomo.
IV. A dignidade do
padre excede todas as dignidades criadas
A dignidade
sacerdotal é pois neste mundo a mais alta de todas as dignidades, nota Sto.
Ambrósio. Ela excede, diz S. Bernardo, todas as dignidades dos imperadores e dos
anjos. Santo Ambrósio ajunta que a dignidade do padre sobreleva à dos reis como
o ouro ao chumbo. A razão disso, segundo S. João Crisóstomo, é que o poder dos
reis só se estendem aos bens temporais e aos corpos, ao passo que o dos padres
abrange os bens espirituais e as almas. Donde se conclui, em conformidade com o
que fica exposto, que o poder ou a dignidade do padre é tão superior à dos
príncipes como a alma ao corpo; era o que já tinha dito o Papa S. Clemente.
É uma glória para os
reis da terra honrar os padres; é isso próprio dum bom príncipe, diz o Papa
Marcelo. Os reis, diz Pedro de Blois, apressam-se a dobrar o joelho diante
do sacerdote, a beijar-lhe a mão, e a abaixar humildemente a cabeça para
receberem a sua bênção.
Reconhecem assim a
superioridade do sacerdócio, diz S. João Crisóstomo. Conta Barónio que Leôncio,
bispo de Trípoli, tendo sido chamado à côrte pela imperatriz Eusébia, lhe
mandara dizer que, se queria a visita dele, era necessário que primeiro
aceitasse as seguintes condições: que à sua chegada a imperatriz desceria do seu
trono, viria inclinar a cabeça sob as suas mãos, pedir-lhe e receber dele a
bênção; depois ele se assentaria, e ela só o poderia fazer com permissão sua.
Terminava por dizer-lhe que, a não se darem essas condições, jamais poria os pés
na sua côrte.
Convidado para a
mesa do imperador Máximo, S. Martinho brindou primeiro o seu capelão e só depois
o imperador. No Concílio de Nicéia, quis Constantino Magno ocupar o último
lugar, depois de todos os sacerdotes, num assento menos elevado; e ainda não
quis assentar sem permissão deles. O santo rei Boleslau tinha pelos sacerdotes
uma tal veneração que não se assentava na presença deles.
A dignidade
sacerdotal ultrapassa até a dos anjos, razão por que também estes a veneram.
Velam os anjos da guarda pelas almas que lhe estão confiadas, de modo que, se
elas se encontram em estado de pecado mortal, excitam-nas a recorrer aos
sacerdotes, esperando que eles pronunciem a sentença de absolvição; assim fala
S. Pedro Damião.
(SANTO AFONSO DE
MARIA LIGÓRIO)
(A Selva, Parte I,
Capítulo I.)
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