BETO MAGALHÃES: EM MISSA DE 7º DIA IRMÃO SE EMOCIONA E PEDE ATENÇÃO DAS AUTORIDADES
Na
Missa de 7º dia de seu irmão Carlos Roberto Martins Magalhães, o
empresário e presidente da CDL Marcelo Magalhães, emociona-se e emociona
a todos ao contar como era a vida da família com o ''Beto''. Marcelo
dentre muitas palavras não esqueceu de citar a fortaleza que é o seu pai
Orlando Magalhães e de pedir justiça as autoridades.
Discurso de Marcelo Martins Magalhães
''Dia
17 de fevereiro, nada mudava, era a rotina, Beto abria o Supermercado e
eu a Comercial Manuelito, sendo que nesta rotina muitas vezes a gente
se encontrava rapidamente muita das vezes, devido essa correria do dia a
dia nós trocávamos apenas um sorriso e um tchau, poucas vezes parávamos
para conversar, nada de comércio, apenas histórias de nossa família,
filhos, pai, mãe e o que se pretendia para o decorrer da semana.Nesse
dia por ironia do destino não nos encontramos, naquela triste manhã, ao
chegar em minha loja pareceu-me por um momento ter ouvido disparos de
arma de fogo rumo ao calçadão da cidade, onde ficam localizados vários
comércios, levantei a cabeça e quando tinha a intenção de verificar o
que se passava, um vizinho de comércio Marcelo, de rosto bastante
entristecido balbuciava estas palavras: - “Marcelinho corre que deram
dois tiros no Beto”! Não sei amigos por quanto tempo fiquei sem nada
entender e sem saber o que fazer, corri em passadas largas gritando “meu
irmão não, meu irmão não!!!!” na esperança de que aqueles gritos
afastassem todas as possibilidades daquele fato ter acontecido, mais
infelizmente todo meu esforço foi em vão, já encontrei o Beto sem vida
estendido em frente ao Martmag, local onde dedicou intensamente grande
parte da sua vida, sei apenas que hoje todos nós perdemos o Beto,
restando assim saudades e ainda lágrimas.
E
quando as lágrimas secarem, o que iremos fazer? Seremos o que? Deixar a
dor doer e nos consumir? Um mergulho no mundo do ódio e da
inconformação? Não! Deus não nos permitirá este comportamento, pois
seria totalmente fora do perfil de Beto, tímido, pacato, ordeiro e
desprovido de qualquer mágoa ou rancor. O poeta Chico Buarque nos disse
que a dor é tão velha que pode morrer. Com o devido respeito começo a
duvidar do poeta, porque ela tornou-se de um tamanho incomensurável,
como se nosso corpo estivesse separado da alma ou como se todas as
tribos do universo tivessem atirado suas flechas em nossos corações.
Temos medo que esta dor jamais fique velha para poder morrer. Deus não
quer que nenhum de seus filhos morra, ele apenas permite dentro de seus
designes e grandeza, mas até o presente momento não encontramos o
porquê! Por que este por que jamais existiu. É a dúzia a conta certa, a
representação do numeral 12. Ela foi quebrada de maneira violenta,
sórdida, mesquinha e inesperada, somos agora apenas 11 (onze) e a
calculadora do destino não tem como refazer esta conta. Nós temos? Não
sei grande Deus e Virgem Maria, sei apenas que sem ajuda não, jamais!
Somos humanos e fracos? Somos! No momento não é consolo, é apenas mais
outra dor.
“Nosso
pai Orlando Magalhães, verdadeiro “Jequitibá” gigante da floresta”,
doendo e sofrendo, mesmo assim tem sido também o nosso sustentáculo,
embora toda a cidade saiba que papai quando se referia ao Beto assim
dizia: “ meu filho, meu amigo” , isto senhores diz tudo e conta a sua
fortaleza em suportar tamanha dor.
A
Aninha, pode ter certeza que todo o amor, carinho e atenção que
tínhamos ao BETO será maior ainda por você, contem com a gente , estamos
juntos nesse momento de dor, aos meninos orlando neto, Talita e Betinho
para nós vocês são as sementes de uma importante planta que se foi,
mais deixou depositado em vocês três a esperança da continuidade de
todos os ensinamentos que nosso irmão praticou com vocês aqui na terra.
Que
se erga um filho de Santa Quitéria e mencione qualquer conduta
irregular praticada por Beto, principalmente dentro do ramo escolhido. O
comércio. A família já sabia, mas mesmo assim faz questão de perto da
dor colocar um pouco de felicidade com a demonstração de amizade ao
Beto. Toda demonstração, da calçada ao palácio, do pequeno ao grande
teve sinceridade e veio acompanhado de pesar, o que sinceramente tem
sido nosso alimento nos últimos dias.
No
rosto de cada cidadão de Santa Quitéria, estampada a surpresa, a
tristeza e o medo de ser chamado de próximo. Por certo muitos estão
indignados, mas o medo faz calar. Ora, se Beto que nada disse que nada
falou, deram a ele uma sentença de morte de um verdadeiro assassino, de
um bandido vil. Queremos acreditar que daqui pra frente tudo será
diferente que as autoridades responsáveis pela segurança pública
entendam o quanto santa Quitéria esta desprezada nessa área e concluo
aqui com uma pergunta “ quantas vidas de Quiteriense mais serão ceifadas
por essa violência para que as autoridades passem a entender as nossas
súplicas por uma segurança mais digna”? Esperamos que esta seja a
última. Caso as providências sejam tomadas pelas autoridades, nós
agradecemos, mais mesmo assim o preço foi muito alto''.
Fonte: SQN
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