FIM DAS PARALISAÇÕES, PMs da Bahia decidem sair da greve
A decisão na noite de ontem contou com a mediação do capitão Tadeu Fernandes, da Polícia Militar. Segundo ele, o principal argumento utilizado com os líderes do movimento foi a garantia dada pelo governo de não aplicar punições administrativas aos policiais que não haviam retornado ao trabalho. O governo também prometeu incorporar as gratificações de modo escalonado, até 2015.
"Os líderes estavam querendo resolver essa questão. Eu fui apenas um mediador. Fui chamado para conversar com o comandante (coronel Alfredo Castro) e com os grevistas. Enquanto não conversasse com os líderes aqui, não teria solução", disse o capitão.
O policial militar Ivan Leite, que representava a categoria em greve, disse que a garantia de não haver punição administrativa foi fundamental. "As negociações continuam, mas ninguém estava ganhando com essa paralisação. Vamos parar por nossos irmãos baianos. Não é por causa do Carnaval. Vamos fazer policiamento desde agora".
Na saída da assembleia, manifestantes cantavam em coro "A PM voltou" e a maioria não quis conversar com a imprensa. Um deles disse que a "greve acabou pelo bem da sociedade". Segundo os PMs, cerca de 300 pessoas participaram da reunião, entre policiais e familiares.
Interior Policiais militares grevistas decidiram encerrar a paralisação na sexta-feira nas cidades de Itabuna, Eunápolis, Teixeira de Freitas e Porto Seguro. PMs de Paulo Afonso, na região norte do estado, também decidiram encerrar a greve. Ontem, até o fechamento desta edição, os grevistas de Ilhéus continuavam ocupando o 2º Batalhão da Polícia Militar.
Desde o dia 31 de janeiro, quando a paralisação no estado começou, o movimento se estendeu para cidades no interior do estado. Em todas as regiões, houve mudanças na rotina dos moradores, com o fechamento de escolas, universidades, fóruns e outros órgãos públicos.
A greve dos PMs da Bahia, decretada no dia 31 de janeiro, tinha como objetivo conseguir a incorporação de gratificações aos salários. O movimento foi deflagrado por praças - oficiais decidiram não aderir.
Rio de Janeiro O inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro e diretor do Sindpol, Francisco Chao, informou ontem que a corporação suspendeu a greve. No entanto, Bombeiros e Polícia Militar continuam com o movimento grevista, aprovado em assembleia por duas mil pessoas na noite de quinta-feira (9). Atualmente, a reivindicação dos chefes do movimento grevista é de R$ 3.500.
Segundo a Polícia Militar, 17 policiais permanecem presos por aderir à greve.
Fonte, DN
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