'Quero levá-la comigo', diz mulher de 87 anos que reencontrou mãe de 115
Idosa de 87 anos reencontra mãe de 115 anos (Foto: Reprodução/TV Morena)
“Esperei 62 anos anos para rever a minha mãe, é uma emoção muito grande. Agora eu quero levá-la comigo”, disse ao G1
a aposentada Maria Rita de Almeida, de 87 anos, que viajou de Cuiabá,
em Mato Grosso, e reencontrou nesta sexta-feira (2) a mãe Maria
Alexandrina, de 115 anos. As duas não se viam desde que a filha mudou-se
para o estado vizinho de Mato Grosso do Sul depois de casar.Como não havia meios de transporte para continuar a viagem até Ladário, cidade vizinha a Corumbá, o grupo ficou hospedado na casa dos parentes que haviam encontrado e onde devem ficar até a partida de volta para o Mato Grosso na segunda-feira (5).
A busca por Maria Alexandrina terminou somente no dia seguinte, quando uma viatura da Polícia Militar deu carona para Maria Rita até a casa de sua mãe e elas enfim reencontraram-se. “Ela demorou para me reconhecer, mas passou um tempinho e lembrou de mim. É um dia que eu nunca vou esquecer”, afirma.
Ela diz ter aproveitado o momento de emoção para convidar a mãe a ir morar no estado vizinho. “Ela respondeu com um sorriso que vai morar com a gente”, conta a aposentada. Maria Rita conta que a família irá providenciar os documentos de Maria Alexandrina, que foram perdidos após um incêndio há alguns anos e que serão necessários para a viagem e para viver em uma nova cidade.
De acordo com Antônio Almeida, filho de Maria Rita e neto da centenária, a alegria em rever a avó fez com que todo o esforço da viagem que fez junto com a mãe para reencontrá-la valesse a pena. “Foi uma vida inteira esperando o abraço da minha avó. Nós a procuramos tanto, era uma família que não esperávamos conhecer”, completa.
Separação
Maria Rita foi para o Mato Grosso depois de seu casamento. Ela explica que na época em que foi embora não tinha meio de comunicação para manter contato. “Cheguei até a mandar carta, mas nunca obtive respostas. Me disseram uma vez que a minha mãe e irmãos já tinham morrido e isso me abalou muito naquele momento. Mas não desisti porque sempre tive a esperança de encontrá-los”, disse.
A primeira tentativa para reunir mãe e filha foi de uma das filhas de Maria Rita, neta da matriarca. Ela conseguiu o número de uma escola localizada no assentamento onde Maria Alexandrina mora com a ajuda de uma equipe da Marinha que vai até a região prestar uma série de atendimentos à população uma vez por ano.
A surpresa foi quando o telefone foi atendido por uma mulher que disse ser da família, e relatou que também estava à procura dos parentes de MT. A partir de então o encontro começou a ser planejado.
Fonte, G1
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