Gol anuncia demissão de 131 funcionários

Tarifa média caiu de R$ 194,6 no segundo trimestre do ano passado para R$ 167,6 de abril a junho (Foto: Divulgação)
Gol reduziu quadro de funcionários
(Foto: Divulgação)

A companhia aérea Gol informou nesta segunda-feira (2) a demissão de 131 funcionários da empresa. Outros 28 tripulantes aderiram ao programa de demissão voluntária e 46 pediram licença não remunerada. Com isso, os desligamentos chegam a 205 trabalhadores.
Em nota, a empresa informou que "a medida garante um quadro de tripulantes condizente com as necessidades operacionais". Segundo a empresa os desligamentos ocorreram "para adequar-se à nova realidade do mercado, manter seu plano de negócios disciplinado e a sustentabilidade de sua operação – com segurança e regularidade – (a empresa) reduziu em torno de 80 voos de um total de cerca de 900 operados diariamente."
 Sindicato
 Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Gelson Fochesato, que participou das negociações, entre os demitidos estão 86 copilotos e 45 comissários de bordo, todos estavam em fase de treinamento. De acordo com Fochesato, as demissões seguiam as determinações da convenção coletiva da categoria, que prevê que os cortes sejam feitos, prioritariamente, entre os funcionários com menos tempo de trabalho na empresa.
“(O resultado da negociação) foi ruim, mas foi dentro da convenção coletiva. (A Gol) se pautou dentro da convenção coletiva (...)”, afirmou. De acordo com ele, a Gol havia feito uma contratação excessiva, à espera de “um crescimento que não aconteceu”.
Redução de freqüências
 A Gol informou que não deixará de atender a nenhum dos 63 destinos nacionais e 13 internacionais que compõem sua malha. O que está em curso é uma redução de frequências. Esta diminuição, adequada à nova realidade da companhia, manterá a oferta de assentos prevista para 2012.
Programa de demissão voluntária
A Gol abriu, no dia 23 de março, um programa para que os tripulantes da empresa manifestassem o interesse de se desligar da empresa. Apesar das semelhanças, a Gol destacou que não se tratava de um programa de demissão voluntária formal (PDV). O programa foi encerrado na quinta (29).
Em nota, a companhia aérea disse que, "para garantir a manutenção de um quadro de colaboradores condizente com suas necessidades operacionais em um período de baixa demanda, abriu inscrições (...) para que tripulantes manifestem (...) a eventual intenção de serem desligados da empresa".
No início de março, a empresa havia lançado um programa de licença não remunerada que, segundo a companhia, "atendeu parcialmente às expectativas da empresa". Na ocasião, a Gol disse que estudava "outras ações internas" para garantir a sustentabilidade das operações.
Balanço
Na semana passada, após a publicação de seu balanço financeiro, no qual apresentou prejuízo de cerca de R$ 700 milhões em 2011, o presidente da empresa, Constantino de Oliveira Junior, anunciou que estão sendo eliminados entre 80 e 100 voos diários (essa revisão da malha teve início em março e deve ser concluída agora em abril). O número equivale a 8% dos voos diários totais da Gol e da WebJet.
De acordo com o executivo, os cortes de pilotos e comissários são necessários em razão desse ajuste na malha, que têm como principal objetivo reduzir custos. Na ocasião, ele disse que ainda não podia citar o número de funcionários que seriam demitidos.
Fonte, G1

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