Menina retratada em foto icônica da Guerra do Vietnã diz que nunca conseguiu escapar daquele momento
KIM PHUC DURANTE UMA PALESTRA EM CAMBRIDGE EM 2010 E NA FOTO QUE MARCOU A SUA VIDA E OS HORRORES DA GUERRA DO VIETNÃ
Era 8 de junho de 1972, quando Phuc ouviu o grito do soldado: “Temos de sair deste lugar! Eles vão bombardear aqui e nós estaremos mortos!". Segundos depois, ela viu os restos de bombas de fumaça amarela e roxa ao redor do templo Cao Dai, onde sua família se abrigou por três dias. Ela sentiu o chão balançar e o calor de chamas que explodiram em sua direção, atingindo seu braço esquerdo. Além da dor, ela apenas pensava: “Eu vou ser feia e não vou ser mais normal. As pessoas vão me ver de uma maneira diferente."
NA FOTO DE 1992, NO DIA DO CASAMENTO DE KIM PHUC CM SEU MARIDO BUI HUY TOAN, EM HAVANA, CUBA
NA FOTO DE 1997, KIM ABRAÇADA PELO FILHO THOMAS, DE 3 ANOS, EM TORONTO, NO CANADÁ
A vida para Phuc tornou-se ainda mais difícil no novo regime porque o tratamento médico e os analgésicos eram caros e difíceis de encontrar. Ao entrar na faculdade de Medicina, ela foi obrigada pouco tempo depois a voltar a sua terra natal para atender jornalistas estrangeiros em visitas monitoradas e controladas pelo governo. "Eu me tornei uma vítima da guerra, mas depois que cresci me tornei outro tipo de vítima."
KIM
PHUC ABRAÇA O FOTÓGRAFO QUE A SALVOU EM 1989. NA FOTO AO LADO, UT, QUE
CONQUISTOU UM PRÊMIO PULITZER PELA IMAGEM, VISITA A CASA ONDE KIM MORAVA
NO VIETNÃ
Hoje, Phuc se tornou uma embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas para ajudar outras vítimas da guerra. Ela teve um filho e mora com a família em Toronto, no Candá. Phuc e Ut, o fotógrafo que a salvou, se reuniram várias vezes para contar sua história. "Hoje, eu estou tão feliz Eu ajudei Kim", disse Ut, que ainda trabalha para a AP e recentemente voltou a aldeia Trang Bang. "Eu a chamo de minha filha."
Fonte, Por Redação Marie Claire
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