No próximo ano Reajuste de remédios deve ficar abaixo de 4%
Ontem, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos estabeleceu em 3,61% o chamado fator x
O incremento na venda de genéricos tem contribuído para a expansão do setor FOTO: KID JÚNIOR
A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, o reajuste dos medicamentos para 2013 deve ser menor que os 5,85% autorizados para 2012. De acordo com o diretor-tesoureiro do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, a expectativa é que, no ano que vem, o reajuste fique abaixo de 4%.
"O reajuste dos remédios tem ocorrido sempre abaixo dos índices de anos anteriores. Tudo indica que, para 2013, o reajuste deve ser menor que 4%. A não ser que a variação cambial tenha uma influência maior, porque grande parte da matéria prima é comprada em dólar e, neste ano, houve uma grande variação. Mas isso só saberemos quando houver a negociação", reforça.
O governo e as indústrias farmacêuticas começam a negociar o reajuste no início do ano para que ele seja anunciado em março e passe a valer já a partir de 1º de abril. Ontem, uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu em 3,61% o chamado fator x da indústria farmacêutica para 2013. O fator X é um mecanismo usado para repassar aos consumidores os ganhos de produtividade de empresas de um setor. Ele é um dos índices que vão compor o reajuste dos medicamentos.
"Sabemos que o reajuste vai ser menor, mas ainda não é possível dizer um número exato, pois o fator x é apenas um dos aspectos levados em consideração na negociação entre o governo e as indústrias farmacêuticas, que deve ser iniciada apenas no começo do ano que vem. Além do fator x, também são consideradas questões como o crescimento do setor, a inflação do período e a participação dos genéricos, dentre outros", explica Filizola.
Faixas
A autorização para o reajuste leva em consideração três faixas de medicamentos, de acordo com a participações de genéricos. A maior faixa é onde os genéricos representam 20% ou mais das vendas do mercado. Em seguida, está a faixa onde as vendas de genéricos ocupam entre 15% e 20%. A outra categoria é onde a participação dos genéricos fica abaixo de 15%.
O reajuste segue a lógica de que nas categorias com mais genéricos a concorrência é maior e, portanto, o reajuste autorizado pode ser maior.
A categoria com maior participação de genéricos tem teto autorizado para reajuste de até 5,85%. Esta categoria, segundo o Ministério da Saúde, reúne 12.499 medicamentos.
Setor em expansão
Conforme o diretor-tesoureiro do Sincofarma, o mercado está bastante aquecido e a expectativa do setor é crescer acima dos 10% neste ano. Entre os fatores que estão influenciando a expansão, estão a melhoria de renda da população, que aumentou o acesso aos medicamentos; as vendas para o governo, por meio de iniciativas como o programa Farmácia Popular do Brasil; e a queda de patentes para alguns remédios, o que tem contribuído para incrementar a venda de medicamentos genéricos.
"O programa Farmácia Popular tem incentivado bastante as vendas de medicamentos genéricos. Por meio dessa iniciativa, o governo distribui gratuitamente medicamentos para hipertensão arterial, diabetes e asma. Isso tem incentivado o crescimento do setor", destaca Filizola.
DHÁFINE MAZZA
REPÓRTER
Fonte, DN
A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, o reajuste dos medicamentos para 2013 deve ser menor que os 5,85% autorizados para 2012. De acordo com o diretor-tesoureiro do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma), Maurício Filizola, a expectativa é que, no ano que vem, o reajuste fique abaixo de 4%.
"O reajuste dos remédios tem ocorrido sempre abaixo dos índices de anos anteriores. Tudo indica que, para 2013, o reajuste deve ser menor que 4%. A não ser que a variação cambial tenha uma influência maior, porque grande parte da matéria prima é comprada em dólar e, neste ano, houve uma grande variação. Mas isso só saberemos quando houver a negociação", reforça.
O governo e as indústrias farmacêuticas começam a negociar o reajuste no início do ano para que ele seja anunciado em março e passe a valer já a partir de 1º de abril. Ontem, uma resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu em 3,61% o chamado fator x da indústria farmacêutica para 2013. O fator X é um mecanismo usado para repassar aos consumidores os ganhos de produtividade de empresas de um setor. Ele é um dos índices que vão compor o reajuste dos medicamentos.
"Sabemos que o reajuste vai ser menor, mas ainda não é possível dizer um número exato, pois o fator x é apenas um dos aspectos levados em consideração na negociação entre o governo e as indústrias farmacêuticas, que deve ser iniciada apenas no começo do ano que vem. Além do fator x, também são consideradas questões como o crescimento do setor, a inflação do período e a participação dos genéricos, dentre outros", explica Filizola.
Faixas
A autorização para o reajuste leva em consideração três faixas de medicamentos, de acordo com a participações de genéricos. A maior faixa é onde os genéricos representam 20% ou mais das vendas do mercado. Em seguida, está a faixa onde as vendas de genéricos ocupam entre 15% e 20%. A outra categoria é onde a participação dos genéricos fica abaixo de 15%.
O reajuste segue a lógica de que nas categorias com mais genéricos a concorrência é maior e, portanto, o reajuste autorizado pode ser maior.
A categoria com maior participação de genéricos tem teto autorizado para reajuste de até 5,85%. Esta categoria, segundo o Ministério da Saúde, reúne 12.499 medicamentos.
Setor em expansão
Conforme o diretor-tesoureiro do Sincofarma, o mercado está bastante aquecido e a expectativa do setor é crescer acima dos 10% neste ano. Entre os fatores que estão influenciando a expansão, estão a melhoria de renda da população, que aumentou o acesso aos medicamentos; as vendas para o governo, por meio de iniciativas como o programa Farmácia Popular do Brasil; e a queda de patentes para alguns remédios, o que tem contribuído para incrementar a venda de medicamentos genéricos.
"O programa Farmácia Popular tem incentivado bastante as vendas de medicamentos genéricos. Por meio dessa iniciativa, o governo distribui gratuitamente medicamentos para hipertensão arterial, diabetes e asma. Isso tem incentivado o crescimento do setor", destaca Filizola.
DHÁFINE MAZZA
REPÓRTER
Fonte, DN
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