Valério depôs à Procuradoria e citou Lula e Palocci, diz jornal
O depoimento feito por Valério é mantido sob sigilo. Segundo o jornal, o empresário mencionou outras remessas de recursos para o exterior, além das que foram feitas para o publicitário Duda Mendonça, que trabalhou na campanha de Lula em 2002 e foi absolvido pelo Supremo no processo do mensalão.
Ainda segundo a reportagem, Valério afirmou que poderá dar mais informações sobre suas acusações se for incluído no programa de proteção à testemunha. O empresário alega ter sido ameaçado de morte.
O pedido de inclusão ao programa de testemunhas foi formalizado com o envio de um fax ao STF no fim de setembro, como revelou a revista "Veja".
O ministro Ayres Britto, presidente do STF, disse na última terça-feira que o fax com o pedido de delação a Valério é "hiperlacônico". "Em minha opinião, a essa altura, não [tem interferência]", disse o ministro.
Se tiver seu pedido atendido, Valério poderia se livrar da prisão, já que pessoas que fazem parte do programa precisam mudar de nome e vivem em local sigiloso.
Valério foi condenado no STF por formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Suas penas do julgamento do mensalão somadas passam de 40 anos. Como a soma supera oito anos, o empresário deve cumprir parte da pena em regime fechado.
Segundo "O Estado de S. Paulo", o empresário também citou em seu novo depoimento o assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, morto em 2002.
O Ministério Público vai analisar se abre ou não novo processo para investigar a veracidade das informações, segundo o jornal. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vai avaliar se aceita ou não incluir Valério no programa de proteção a testemunhas.
Fonte, DN
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