Vírus presente em 90% dos brasileiros reduz vida em 4 anos e meio
Citomegalovírus infectando um pneumócito humano Imagem: Marco Tolo
O CMV, parente do vírus da herpes, era considerado relativamente inofensivo e só causava maior preocupação na comunidade médica em pacientes com HIV, gestantes e bebês, onde pode causar sua variação mais fatal, a doença da inclusão citomegálica, ou mesmo defeitos na formação fetal. No entanto, um estudo da Universidade de Birmingham , no Reino Unido, revelou que as pessoas infectadas pelo vírus vivem em média 4 anos e meio a menos que aquelas que não estão contaminadas.
Os pesquisadores suspeitam que o CMV seria capaz de iludir o sistema imunológico, convencendo-o de que é um vírus novo, o que obrigaria o organismo a mandar células “novatas”, que precisarão aprender a lidar com ele. Dessa forma, o sistema imunológico fica sobrecarregado e deixa a pessoa vulnerável a outras doenças. “O CMV pode estar associado a doenças cardiovasculares e outros problemas crônicos, envelhecimento do sistema imunológico e mortalidade”, explica a pesquisadora Amanda Simanek.
Mas não se desespere. Experiências feitas com camundongos mostraram que o uso de medicamentos antivirais pode auxiliar o sistema imunológico a controlar o CMV, revertendo seus efeitos. Uma vacina, portanto, não deve tardar a ser desenvolvida e num futuro próximo todos os infectados poderão assistir a uma Copa do Mundo a mais e, claro, aproveitar por mais quatro anos a família, amigos e a vida de uma forma geral.
Fonte, DN
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