'Caso Alanis' completa três anos e assassino pode ser mantido na cadeia pelo resto da vida
Condenado, em 25 de agosto de 2010, a 31 anos de prisão, em regime fechado, "Casim" cumpre sentença, desde então, na Casa Provisória de Privação de Liberdade de Itaitinga, a CPPL III. E de lá não deve sair com vida, mesmo que complete a sentença.
Isso porque o assassino foi avaliado clinicamente como um psicopata, ou seja sofre de um desvio permanente de personalidade que o impele à prática criminosa. Aliás, "Casim", já havia estuprado uma garota de cinco anos, em 2000 e foi condenado a 23 anos de prisão, na época. Contudo, recebeu progressão de regime e foi transferido para uma unidade prisional de caráter semiaberta.
De lá fugiu em 27 de maio de 2008 e, menos de dois anos depois, cometeu seu segundo crime de natureza sexual, agora agravado pela prática do assassinato. O Diário do Nordeste ouviu o juiz titular da 1ª Vara de Execuções Penais e Corregedoria de Presídios, Luiz Bessa Neto.
Ele acompanhou os dois principais momentos da saga criminosa de "Casim" e tem uma avaliação de como o "Caso Alanis" mexeu com a sociedade cearense e como o poder judiciário e o sistema prisional do Estado tem lidado com criminosos dessa natureza nos últimos três anos.
"Caso Alanis" tratado como "Caso Lennon" O assassino de Alanis Maria Laurindo, o "Casim", não deve sair da cadeia enquanto estiver vivo.
A conclusão pode ser tirada ao observar como o caso vem sendo tratado pela justiça. De acordo com o juiz Luiz Bessa Neto, "Casim está sendo tratado, no momento, da mesma forma que é tratado, nos Estados Unidos, há muitos anos, o assassino de John Lennon. Lá ele já cumpriu cerca de quase duas vezes o tempo da sancionatória penal, no entanto, continua preso".
O magistrado prossegue explicando que isso acontece "porque os departamentos psiquiátricos ao reavaliarem a saúde da estrutura da personalidade dele, sempre enxergam presente o sintoma psicopático, o que desaconselha o convívio social".
Ainda segundo Bessa Neto, "ao se medir a inteligência de um psicopata, naturalmente vai se encontrar um QI mais elevado que o homem regular. E é exatamente aí onde se corre o risco de ele retornar ao seio da sociedade, num estado hipossuficiente para fazer o acompanhamento do preso e tudo isso põe em risco não só o próprio sistema, mas a paz e a segurança sociais".
Fonte, DN
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