Vaticano aprova início do processo de beatificação de ‘surfista santo’ do Rio
Foi dado início, na última segunda-feira
(10), ao processo de beatificação do seminarista, médico e
surfista brasileiro Guido Schäffer. De acordo com a Arquidiocese do Rio
de Janeiro, Guido recebeu o status “Nihil Obstat”, que significa que
nada consta contra o pedido de abertura do processo de beatificação
dele. Durante esse período, o tribunal eclesiástico passará a investigar
a santidade de Guido para uma possível declaração futura de
canonização.
Surfista Santo-Foto-Divulgação
Junto ao pedido de beatificação do
seminarista, solicitado em maio, foram enviadas histórias de vida dele
para comprovar suas vivências de acordo com os ensinamentos da Igreja.
Guido morreu afogado em 2009, com 34 anos, prestes a ser ordenado padre,
após sofrer uma lesão na nuca enquanto surfava na praia da Barra da
Tijuca, no Rio.
O pedido de beatificação de Guido foi
solicitado 5 anos depois da sua morte, tempo estabelecido pela Igreja
Católica para iniciar o procedimento, que poderá torná-lo o quarto santo
brasileiro. O primeiro brasileiro a ser declarado santo foi Frei
Galvão, seguido de Madre Paulina e do padre José de Anchieta.
“O anjo surfista”
Guido Schäffer nasceu em Volta Redonda em
1974 e decidiu entrar para o seminário pouco antes de se formar em
medicina. Além de médico, ele era surfista e ficou conhecido pelo
envolvimento com as causas sociais e ajuda aos pobres e moradores de
rua. Depois de sua morte, Guido foi popularmente chamado de “anjo
surfista”.
Até a canonização
Para ser declarado santo, Guido precisa ter a
vida investigada através de depoimentos de várias pessoas que
conviveram com ele. Além disso, precisa ter dois milagres atribuídos a
ele. Os milagres são investigados por uma junta médica que analisa
minunciosamente os casos e somente depois dá o veredicto de ‘milagre’,
em que seria impossível uma explicação científica para os fatos.
Surfista Santo-Foto 3-Divulgação
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