“Dengue no Ceará”: Situação é a mais grave em três anos, diz Sesa

As cidades com nível epidêmico da
doença são Alcântaras, Aracoiaba, Aquiraz, Arneiroz, Barbalha, Barro,
Beberibe, Brejo Santo, Canindé, Capistrano, Catarina, Caucaia, Coreaú,
Eusébio, Fortaleza, Hidrolândia, Horizonte, Iguatu, Ipu, Itaitinga,
Itapiúna, Jaguaribara, Jardim, Jucás, Maranguape, Mauriti, Miraíma,
Mucambo, Ocara, Palmácia, Palhano, Paracuru, Pacoti, Pentecoste, Piquet
Carneiro, Pires Ferreira, Porteiras, Reriutaba, São Gonçalo do Amarante,
Tauá, Trairi, Umari, Umirim e Varjota.
Ainda segundo o boletim, o Estado
somou, até a sexta-feira passada, 32,9 mil casos confirmados de dengue.
No ano passado, foram 18,2 mil, com incidência de 207,80 por 100 mil
habitantes. Em 2013, as ocorrência totalizaram 25,9 mil, com taxa de
295,4 pelo mesmo grupo de pessoas. Só não superamos as epidemias de 2012
e 2011, aponta o coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Sesa,
Márcio Garcia. Naqueles anos, o total de casos passou de 56 mil
confirmações e a incidência chegou a 673,2 por 100 mil. Garcia aposta
na redução de pessoas infectadas pelo mosquito transmissor da dengue, o
Aedes aegypti. “Estamos em curva descendente. Agora, é planejar para o
próximo ano e continuar conscientizando a população para não baixar a
guarda” recomenda, acrescentado que só é preciso 15 minutos por semana
para se proceder uma inspeção na residência e eliminar os focos. “Isso é
fundamental”, diz.
O coordenador das Ações de Controle de
Vetores da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Carlos Alberto Barbosa,
explica que a transmissão está ligada à multiplicação do vetor, que foi
favorecido, neste ano, pela quadra chuvosa, que foi até junho. “Por
isso, ocorreu o aumento no número de criadouros”, explica Barbosa. Na
Capital, ressalta, 47% dos casos estão na Regional VI, onde as ações de
combate se concentram mais. Segundo o coordenador, a Prefeitura adquiriu
mais 45 máquinas costal e tem trabalhado de forma estratégica com os
agentes de endemias. “Trabalhamos para mudar o hábito da população sobre
não deixar recipientes onde o mosquito possa se reproduzir”,
acrescenta. O infectologista Ivo Castelo Branco avalia que o governo
estadual não pode acreditar na diminuição dos casos. “Até porque,
estamos em nível epidêmico, e o mosquito já provou que vem se adaptando
para continuar vivo, e com ele ninguém pode brincar”, avalia.
O especialista aponta que cada
município tem suas peculiaridades, sua cultura e momentos diferentes.
“Muitos enfrentam a falta de abastecimento de água e as pessoas estocam
baldes, potes, tinas, bacias e tudo que puderem. Outras como a Capital,
com chuvas esparsas, tem os ferros velhos e outros locais que o mosquito
adora para se proliferar. Ou seja, é preciso identificar as diferenças,
agir de forma diferente e nunca baixar a guarda achando que venceu a
guerra contra o Aedes”, alfineta.
Fonte, Portal Rinaldo Freitas
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