Base aliada cansa de acenos e promessas de diálogo de Dilma
Com popularidade em queda e dificuldades na área econômica e
política, a presidente Dilma Rousseff busca o diálogo e as articulações
com entidades empresariais e aliados na tentativa de superar a crise que
abala o Governo e o País. Dilma voltará a se reunir, na noite desta
segunda-feira (10/08), em Brasília, com líderes de partidos no Senado.
Os aliados atenderão ao chamado da presidente, mas dão fortes sinais de cansaço com as promessas de diálogo. A agenda desta semana prevê dias difíceis na relação com o Congresso Nacional. Aliados e opositores vivem a expectativa sobre os desdobramentos crise política e trabalham com dois cenários: renúncia ou impeachment de Dilma, o que é contestado pelo Partido dos Trabalhadores.
Durante a reunião desse domingo com ministros, Dilma conversou, prometeu mais diálogo e conversas com entidades empresariais, estudantis e sindicatos de trabalhadores. Uma das preocupações do Governo é com o movimento articulado para o próximo domingo. Serão manifestações populares de protesto contra a crise ética, política e econômica que o País enfrenta.
A pauta de reuniões do Governo Federal passa por novas medidas que garantam o reaquecimento da economia, o ajuste fiscal e os projetos em tramitação na Câmara Federal e no Senado que podem gerar mais dificuldades para o Palácio do Planalto. Hoje, como contraponto à agenda negativa, o Governo acena com a redução do número de ministérios.
A ideia, com essa iniciativa, é mandar um recado para aliados e opositores que veem o Governo gordo demais. As discussões nesse sentido ainda são tímidas: ao menos dois cenários vêm sendo discutidos internamente – um mais brando, que diminui dos atuais 39 para 29 pastas e outro mais drástico, cortando para 24 ministérios.
”A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, empresários, movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar ”, afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ao destacar a decisão de Dilma em construir novos canais de diálogo. O pensamento de Guimarães gera poucas expectativas sobre mudanças favoráveis ao Governo Federal.
A impaciência dos aliados os levam a acreditar que as medidas de diálogo e outros projetos que venham a ser anunciadas terão pouco impacto na convivência com a base parlamentar aliada. ”Decisões precisam ser tomadas quase de imediato. O quadro está muito agravado. Hoje, a maioria da bancada do PMDB não é favorável a deixar a base. Mas, no ritmo que as coisas vão, esse vai ser o caminho natural”, disse, em entrevista ao Jornal O Globo, o líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Leonardo Picciani.
O líder do PDT, André Figueiredo (CE), que na semana passada anunciou a decisão da bancada de se declarar independente, critica a dificuldade do governo em se antecipar às negociações dos projetos que estão para ser votados. ”O problema é a inércia, o governo só age no limite. Não basta uma reforma, é quase uma revolução. Uma grande transformação em todos os setores de seu governo”, expôs Figueiredo.
A partir desta semana, são várias as pautas-bomba que devem entrar na votação da Câmara. Além da apreciação das contas de 2014 da presidente, que podem ser rejeitadas pelo TCU e podem desencadear um processo por crime de responsabilidade se o Congresso confirmar a decisão da Corte, há pedidos de impeachment pendentes de análise. O Congresso também irá analisar vetos como o da alteração do fator previdenciário, o do aumento do Judiciário e o da equiparação do aumento do salário mínimo às aposentadorias. Além disso, devem entrar na pauta medidas do pacto federativo que podem onerar mais a União para beneficiar estados e municípios.
A agenda que dá arrepios
Os aliados atenderão ao chamado da presidente, mas dão fortes sinais de cansaço com as promessas de diálogo. A agenda desta semana prevê dias difíceis na relação com o Congresso Nacional. Aliados e opositores vivem a expectativa sobre os desdobramentos crise política e trabalham com dois cenários: renúncia ou impeachment de Dilma, o que é contestado pelo Partido dos Trabalhadores.
Durante a reunião desse domingo com ministros, Dilma conversou, prometeu mais diálogo e conversas com entidades empresariais, estudantis e sindicatos de trabalhadores. Uma das preocupações do Governo é com o movimento articulado para o próximo domingo. Serão manifestações populares de protesto contra a crise ética, política e econômica que o País enfrenta.
A pauta de reuniões do Governo Federal passa por novas medidas que garantam o reaquecimento da economia, o ajuste fiscal e os projetos em tramitação na Câmara Federal e no Senado que podem gerar mais dificuldades para o Palácio do Planalto. Hoje, como contraponto à agenda negativa, o Governo acena com a redução do número de ministérios.
A ideia, com essa iniciativa, é mandar um recado para aliados e opositores que veem o Governo gordo demais. As discussões nesse sentido ainda são tímidas: ao menos dois cenários vêm sendo discutidos internamente – um mais brando, que diminui dos atuais 39 para 29 pastas e outro mais drástico, cortando para 24 ministérios.
”A presidente vai liderar um amplo diálogo com as bancadas, com os partidos, empresários, movimentos sociais. Vai percorrer o país e não há chance de renunciar ”, afirmou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), ao destacar a decisão de Dilma em construir novos canais de diálogo. O pensamento de Guimarães gera poucas expectativas sobre mudanças favoráveis ao Governo Federal.
A impaciência dos aliados os levam a acreditar que as medidas de diálogo e outros projetos que venham a ser anunciadas terão pouco impacto na convivência com a base parlamentar aliada. ”Decisões precisam ser tomadas quase de imediato. O quadro está muito agravado. Hoje, a maioria da bancada do PMDB não é favorável a deixar a base. Mas, no ritmo que as coisas vão, esse vai ser o caminho natural”, disse, em entrevista ao Jornal O Globo, o líder da bancada do PMDB na Câmara Federal, Leonardo Picciani.
O líder do PDT, André Figueiredo (CE), que na semana passada anunciou a decisão da bancada de se declarar independente, critica a dificuldade do governo em se antecipar às negociações dos projetos que estão para ser votados. ”O problema é a inércia, o governo só age no limite. Não basta uma reforma, é quase uma revolução. Uma grande transformação em todos os setores de seu governo”, expôs Figueiredo.
A partir desta semana, são várias as pautas-bomba que devem entrar na votação da Câmara. Além da apreciação das contas de 2014 da presidente, que podem ser rejeitadas pelo TCU e podem desencadear um processo por crime de responsabilidade se o Congresso confirmar a decisão da Corte, há pedidos de impeachment pendentes de análise. O Congresso também irá analisar vetos como o da alteração do fator previdenciário, o do aumento do Judiciário e o da equiparação do aumento do salário mínimo às aposentadorias. Além disso, devem entrar na pauta medidas do pacto federativo que podem onerar mais a União para beneficiar estados e municípios.
A agenda que dá arrepios
- Contas de 2014 da presidente podem ser rejeitadas pelo TCU.
- Pedidos de impeachment estão pendentes de análise.
- Projeto que corrige FGTS pela poupança praticamente dobraria remuneração do fundo.
- Veto à alteração do fator previdenciário pode ser derrubado, afetando a Previdência.
- Veto a aumento de até 78% para o Judiciário pode ser derrubado, atingindo inclusive estados e municípios.
- Veto à equiparação do aumento do salário mínimo às aposentadorias pode ser derrubado.
- PECs podem vincular mais carreiras aos salários do STF.
- Votação em segundo turno pode aprovar PEC da maioridade penal.
- Medidas do pacto federativo podem onerar mais a União para beneficiar estados e municípios. Fonte, CearaAgora
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