Funeral de Muhammad Ali irá respeitar o islamismo e terá procissão pelas ruas
Os fãs de Muhammad Ali terão um último momento com a lenda do boxe que faleceu nesta sexta-feira
aos 74 anos, em um hospital em Phoenix, no Arizona. Neste sábado, o
porta-voz da família, Bob Gunnell, anunciou que o funeral do
ex-pugilista será precedido por uma procissão pelas ruas de
Louisville, Kentucky sua terra natal. Os detalhes do cortejo foram
revelados menos de 24 horas após a morte de Ali e de acordo com fontes
da família seguirão religiosamente os pedidos feitos pelo próprio.
Toda a cerimônia irá respeitar os preceitos do islamismo, religião que o americano se converteu, deixando para trás o nome de batismo Cassius Clay. A procissão irá começar às 9h e passará por locais importantes na vida e na carreira de Ali. De acordo com o porta-voz, os últimos momentos de Muhammad ao lado da família foram bonitos e de despedida comovente.
O enterro está marcado para as duas da tarde, no KFC Yum, uma arena esportiva de Louisville com capacidade para 22 mil pessoas. A família terá um momento privado e depois o local será aberto ao público. O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton está confirmado como um dos nomes que farão elogios públicos ao ex-boxeador. Além dele, Billy Crystal e Bryant Gumbel também o farão.
Bob
Gunell, também explicou que Ali foi vítima de um choque séptico, ou
seja, uma infecção generalizada que acontece quando bactérias, fungos ou
vírus chegam até a corrente sanguínea. Ali foi internado no começo da
semana com complicações respiratórias. A septicemia se espalha por todo o
corpo e causa o estado de choque. Ela provoca a diminuição arterial,
dificulta a oxigenação no cérebro, coração e outros órgãos. A causa do
choque séptico que vitimou Muhammad Ali não foram divulgados.
Sua filha, Hana Ali, usou as redes sociais para destacar a força do pai. Segundo ela, todos os órgãos falharam, mas seu coração continuou pulsando por 30 minutos.
- Todos os órgãos falharam, mas o seu coração não parou de bater. Por 30 minutos... Seu coração continuou batendo. Ninguém nunca viu algo deste tipo. Um verdadeiro testemunho de sua força de vontade e espírito - disse Hana Ali.
Batalha contra o mal de parkinson
Tão firme como aguentou as
pancadas que levou dentro dos ringues sem nunca ter sofrido um nocaute na
carreira, Muhammad Ali também suportou por décadas uma doença degenerativa que
afeta os neurônios, o Mal de Parkinson. Derrotado pela paralisia apenas aos 74
anos após muitas lutas e vitórias na vida profissional e pessoal, essa lenda do
boxe mundial tem seu nome eternamente gravado na história do esporte, seja por
suas atitudes exemplares ou pelo seu cartel de campeão, com 57 vitórias, sendo
37 delas por nocaute, e 5 derrotas.
Nascido na cidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr, ele deu seus primeiros socos no boxe quando tinha 12 anos de idade, em 1954. Ainda como amador, Cassius Clay conseguiu seu primeiro grande feito aos 18 anos, quando conquistou a medalha de ouro na Olimpíada, na categoria meio-pesado, ao ganhar na final do experiente polonês Zbigniew Pietrzykowski.
Já
como profissional, na ocasião com 19 vitórias em 19 lutas, Cassius chega para
enfrentar o favorito Sonny Liston em 1964, vence no sétimo assalto em Miami, se
torna campeão mundial dos pesos-pesados e grita: “Eu sou o maior”. Pouco depois
disso, chegou a se aliar a Malcom X, defensor do nacionalismo negro, e também
anunciou ter se convertido à religião islâmica, mudando o seu nome para
Muhammad Ali. Em 1967, uma polêmica fez Ali perder o título mundial e ficar
afastado do boxe por três anos. Ele se recusou a servir o exército americano na
Guerra do Vietnã e ainda fez críticas ao envio de militares para o conflito com
os vietcongues.
Muhammad Ali acerta George Foreman durante a Luta do Século (Foto: AP Foto/Ed Kolenovsky)
No dia 30 de outubro de 1974, em Kinshasa, capital do antigo Zaire (hoje República Democrática do Congo), Muhammad Ali apanhou quase a luta toda do então jovem Foreman, que demonstrava força diante da velocidade e técnica do adversário. Mas Ali não se abalou. Com personalidade forte e contando com o apoio da torcida africana, provocava Foreman, aguentou os socos e surpreendeu no oitavo round, ao derrubar o oponente com um potente golpe e ganhar por nocaute a "Luta do Século".
Já fora do boxe, Ali revelou que sofria do Mal de Parkinson em 1984, e usou sua fama para ajudar nas pesquisas para buscar uma cura para a doença, inclusive fazendo tratamento com células tronco. Mesmo doente, rodou o mundo, teve encontros com líderes políticos, fez ações beneficentes e levou sua mensagem de paz e igualdade. Em 1996, foi homenageado e acendeu a pira dos Jogos Olímpicos de Atlanta, além de ter sido presenteado com uma réplica da medalha olímpica que jogou fora em 1960. Em 2005, desembolsou milhões para construir o Muhammad Ali Center, em Louisville, um centro cultural com atividades para inspirar crianças e adultos e perpetuar os seus princípios.
Fonte, G1
Toda a cerimônia irá respeitar os preceitos do islamismo, religião que o americano se converteu, deixando para trás o nome de batismo Cassius Clay. A procissão irá começar às 9h e passará por locais importantes na vida e na carreira de Ali. De acordo com o porta-voz, os últimos momentos de Muhammad ao lado da família foram bonitos e de despedida comovente.
O enterro está marcado para as duas da tarde, no KFC Yum, uma arena esportiva de Louisville com capacidade para 22 mil pessoas. A família terá um momento privado e depois o local será aberto ao público. O ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton está confirmado como um dos nomes que farão elogios públicos ao ex-boxeador. Além dele, Billy Crystal e Bryant Gumbel também o farão.
Ali teve choque séptico
Sua filha, Hana Ali, usou as redes sociais para destacar a força do pai. Segundo ela, todos os órgãos falharam, mas seu coração continuou pulsando por 30 minutos.
- Todos os órgãos falharam, mas o seu coração não parou de bater. Por 30 minutos... Seu coração continuou batendo. Ninguém nunca viu algo deste tipo. Um verdadeiro testemunho de sua força de vontade e espírito - disse Hana Ali.
Batalha contra o mal de parkinson
Pelé e Muhammad Ali durante encontro dos ídolos (Foto: Reprodução/Instagram)
Nascido na cidade de Louisville, em Kentucky, nos Estados Unidos, com o nome de Cassius Marcellus Clay Jr, ele deu seus primeiros socos no boxe quando tinha 12 anos de idade, em 1954. Ainda como amador, Cassius Clay conseguiu seu primeiro grande feito aos 18 anos, quando conquistou a medalha de ouro na Olimpíada, na categoria meio-pesado, ao ganhar na final do experiente polonês Zbigniew Pietrzykowski.
Luta do século contra Foreman
No dia 30 de outubro de 1974, em Kinshasa, capital do antigo Zaire (hoje República Democrática do Congo), Muhammad Ali apanhou quase a luta toda do então jovem Foreman, que demonstrava força diante da velocidade e técnica do adversário. Mas Ali não se abalou. Com personalidade forte e contando com o apoio da torcida africana, provocava Foreman, aguentou os socos e surpreendeu no oitavo round, ao derrubar o oponente com um potente golpe e ganhar por nocaute a "Luta do Século".
Já fora do boxe, Ali revelou que sofria do Mal de Parkinson em 1984, e usou sua fama para ajudar nas pesquisas para buscar uma cura para a doença, inclusive fazendo tratamento com células tronco. Mesmo doente, rodou o mundo, teve encontros com líderes políticos, fez ações beneficentes e levou sua mensagem de paz e igualdade. Em 1996, foi homenageado e acendeu a pira dos Jogos Olímpicos de Atlanta, além de ter sido presenteado com uma réplica da medalha olímpica que jogou fora em 1960. Em 2005, desembolsou milhões para construir o Muhammad Ali Center, em Louisville, um centro cultural com atividades para inspirar crianças e adultos e perpetuar os seus princípios.
Fonte, G1
Nenhum comentário
Comente Esta Noticia