Temendo protestos da tropa nas ruas, Camilo anula afastamento de PMs que prenderam a filha de Inácio Arruda
O Governo voltou atrás e decidiu revogar a decisão que afastava das
funções quatro policiais militares que efetuaram a prisão, em flagrante,
da jovem Nara Arruda, filha do ex-senador da República e atual
secretário estadual das Ciências, Tecnologia e do Ensino Superior,
Inácio Arruda. A medida havia sido publicada no Diário Oficial do
Estado e causou uma onda de revolta na tropa da Polícia Militar e a
possibilidade de uma sequência de protestos de rua.
Juntamente com a filha, Inácio Arruda foi detido no dia de votação do 1º Turno das eleições municipais em Fortaleza, quando Nara fazia “boca-de-urna” para o então candidato a reeleição, prefeito Roberto Cláudio. A Polícia Federal comprovou o crime e o fato foi bastante veiculado pela Imprensa local e redes sociais.
Era a tarde do dia 2 de outubro, quando uma patrulha da PM foi acionada pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) para ir até a sede do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (Ifce), na Avenida 13 de Maio, no Benfica, onde estaria acontecendo a prática do crime eleitoral.
Reagiu
A patrulha - composta pelo subtenente PM Wladimir Gomes Bezerra; sargento Josiel Lopes dos Santos, e soldados João Alves de Souza Neto e Antônio Halyjones da Silva Nascimento - foi ao local e, ao tentar averiguar a denúncia, acabou desacatada. A filha de Inácio Arruda se recusou a entregar sua bolsa onde estaria o material de campanha ilícito. Formou-se uma confusão no local, agravada com a chegada do secretário, que tentou impedir a prisão da filha e foi também dominado pelos PMs e ambos conduzidos até a sede da PF.
Por conta do incidente, o Governo determinou a imediata instauração da sindicância contra os militares, através da Corregedoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Na última quarta-feira (28), o Diário Oficial do Estado (DOE), publicou uma nota da CGD informando que os quatro PMs foram afastados das funções por terem praticado “ato incompatível com a função pública” e a que a sindicância teria “regime prioritário”. Informou também que, “os policiais agiram com abuso de autoridade, agredindo populares e excedendo na abordagem policial o uso da força”.
Diante da reação da tropa, o próprio comandante-geral da PM, coronel Geovani Pinheiro, foi ao governador Camilo Santana explicar o fato. Depois de uma longa reunião, Pinheiro saiu do Palácio da Abolição, por volta de 22 horas de ontem, com a decisão de que o afastamento dos militares fora desfeito por ordem do governador, que temeu a reação da tropa nas ruas. Os quatro policiais, que já tinham entregado a carteira funcional e as armas, serão reintegrados, ainda hoje, ao serviço normal de policiamento.
Por FERNANDO RIBEIRO
Juntamente com a filha, Inácio Arruda foi detido no dia de votação do 1º Turno das eleições municipais em Fortaleza, quando Nara fazia “boca-de-urna” para o então candidato a reeleição, prefeito Roberto Cláudio. A Polícia Federal comprovou o crime e o fato foi bastante veiculado pela Imprensa local e redes sociais.
Era a tarde do dia 2 de outubro, quando uma patrulha da PM foi acionada pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) para ir até a sede do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (Ifce), na Avenida 13 de Maio, no Benfica, onde estaria acontecendo a prática do crime eleitoral.
Reagiu
A patrulha - composta pelo subtenente PM Wladimir Gomes Bezerra; sargento Josiel Lopes dos Santos, e soldados João Alves de Souza Neto e Antônio Halyjones da Silva Nascimento - foi ao local e, ao tentar averiguar a denúncia, acabou desacatada. A filha de Inácio Arruda se recusou a entregar sua bolsa onde estaria o material de campanha ilícito. Formou-se uma confusão no local, agravada com a chegada do secretário, que tentou impedir a prisão da filha e foi também dominado pelos PMs e ambos conduzidos até a sede da PF.
Por conta do incidente, o Governo determinou a imediata instauração da sindicância contra os militares, através da Corregedoria Geral de Disciplina dos Órgãos da Segurança Pública e do Sistema Penitenciário (CGD). Na última quarta-feira (28), o Diário Oficial do Estado (DOE), publicou uma nota da CGD informando que os quatro PMs foram afastados das funções por terem praticado “ato incompatível com a função pública” e a que a sindicância teria “regime prioritário”. Informou também que, “os policiais agiram com abuso de autoridade, agredindo populares e excedendo na abordagem policial o uso da força”.
Diante da reação da tropa, o próprio comandante-geral da PM, coronel Geovani Pinheiro, foi ao governador Camilo Santana explicar o fato. Depois de uma longa reunião, Pinheiro saiu do Palácio da Abolição, por volta de 22 horas de ontem, com a decisão de que o afastamento dos militares fora desfeito por ordem do governador, que temeu a reação da tropa nas ruas. Os quatro policiais, que já tinham entregado a carteira funcional e as armas, serão reintegrados, ainda hoje, ao serviço normal de policiamento.
Por FERNANDO RIBEIRO
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