Caseiro mata advogado e oculta cadáver em sítio

O corpo de um advogado que estava desaparecido desde a última quarta-feira (15) foi encontrado em uma cacimba, nessa sexta-feira (17). O poço fica em frente ao sítio da vítima, localizado no Município de Aquiraz. O caseiro da propriedade e a esposa dele confessaram o homicídio e a ocultação do cadáver.

Segundo informações do delegado Renê Andrade, diretor do Departamento de Inteligência Policial (DIP), os acusados afirmaram que tinham se desentendido com Aldrin Helânio Coelho Fonteles, de 49 anos.

Em depoimento, Antônio Rodrigo de Sousa, 35, disse que o advogado chegou sozinho ao sítio por volta das 22h30 da última quarta-feira (15), onde passou a ingerir bebida alcoólica. Poucas horas depois, houve uma discussão entre os envolvidos no caso. A vítima, supostamente, teria agredido física e verbalmente o casal. Não se sabe os motivos reais da discussão, mas as informações apuradas inicialmente apontam que Aldrin era "excessivamente ciumento".

Durante o confronto, Rodrigo de Souza e Marina Ivone Nascimento Menezes, 38, imobilizaram o advogado e o estrangularam. Logo após a vítima ficar inconsciente, os acusados tomaram posse de uma corda e o enforcaram. Certificados que o advogado estava morto, o caseiro arrastou o corpo até uma caminhoneta, que também seria de propriedade de Aldrin, e dirigiu pelas ruas próximas do loteamento Novo Iguape - área onde o sítio é localizado - no intuito de encontrar um local para ocultar o cadáver.

Contudo, o caseiro acabou batendo o carro e, receoso de ser descoberto na rua, voltou à propriedade. No sítio, a dupla decidiu arremessar o corpo dentro do poço para escondê-lo.

A equipe do Diário do Nordeste presenciou o momento em que o suspeito, acompanhado pela Polícia, refez o suposto trajeto do local do crime até a cacimba. Questionado sobre as motivações do crime, o acusado preferiu não se pronunciar.

Preocupados
Aldrin Fonteles, naturalmente, não compareceu ao trabalho ou enviou notícias nos dias seguintes. Preocupados, os familiares entraram em contato com advogados que eram amigos da vítima. Prontamente, os colegas acionaram a Polícia, que diligenciou até o sítio, em busca de apurar mais informações.

Ao chegarem ao local, Rodrigo Sousa afirmou que a vítima teria saído com colegas, na madrugada de quinta-feira (16), e não teria retornado. No primeiro momento, ele negou o assassinato. Porém, após alguns questionamentos, acabou confessando os fatos e dando detalhes sobre o que aconteceu naquela noite à equipe do DIP.

O caseiro já havia trabalhado com a vítima em ocasiões anteriores e voltou a prestar serviços, em definitivo, há cerca de quatro meses. De acordo com o delegado Leonardo Barreto, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), há provas da participação do casal no crime, mas ainda há a necessidade de mais esclarecimentos. "A história dos infratores ainda está muito mal contada, mas já existem indícios suficientes de autoria e materialidade delitiva para a realização do flagrante", afirma Barreto.

Em uma tentativa de dificultar as investigações e ocultar o cadáver, a dupla jogou cimento na tampa da cacimba e cobriu com esterco. Os insumos impossibilitaram a retirada do corpo, em um primeiro momento. De acordo com Leonardo Barreto, foi necessário o envio de uma retroescavadeira até o local para realizar o recolhimento.

"O local em que o cadáver estaria ocultado é de difícil acesso, inclusive com risco à integridade física dos bombeiros, então se fez necessário a utilização de uma retroescavadeira para possibilitar encontrar o corpo", afirmou o direto da DHPP.

(Colaborou Fabrício Paiva)
Fonte, DN

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