Desde 2013 concursados de Cariré esperam convocação
Cariré. A estudante do curso de pedagogia da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), Camila Rocha (24), prestou concurso público, em 2013, para o município de Cariré, a cerca de 42 quilômetros de Sobral, cidade onde mora, na esperança de ocupar uma das 52 vagas de auxiliar de serviços gerais oferecidas pelo município vizinho, naquele ano. Aprovada, a jovem reclama que nunca foi chamada para assumir a vaga pretendida. "Fui aprovada, em 28ª colocação, mas nunca assumi. Sempre que buscava informações na Prefeitura, me diziam que, no momento, não havia vagas, e que eu tivesse paciência. O certo, é que já se passaram quatro anos e até agora não obtive nenhuma resposta", reclama.
Na mesma situação, se encontra Geovana Dias Pinheiro, técnica de enfermagem, moradora de Cariré, que também tentou o tão esperado concurso, pleiteando uma vaga de serviços gerais, mas até hoje não assumiu o cargo. Geovana, que alcançou a 32ª colocação no concurso público, se sente prejudicada. "É muito chato ficar nessa expectativa sem nenhuma resposta. Eu investi R$ 60 na ficha de inscrição para as provas, além de R$ 40, que paguei pela apostila, para que eu me preparasse, e consegui minha aprovação. Fiquei feliz ao saber que havia passado, mas a demora em assumir minha vaga me trouxe para outra realidade", desabafa a jovem que se encontra desempregada.
Cansadas de buscar e não obter respostas da antiga gestão (Antônio Martins, do PDT) e, agora da atual, na representação do prefeito Elmo Aguiar, também do PDT, que assumiu o município este ano, Camila e Geovana formaram um grupo com outras pessoas que se encontram na mesma situação.
Uma delas é o estudante universitário Denilson de Paula Azevedo (28), também aprovado no concurso público, na 14ª colocação para agente administrativo, mas que não ocupou o cargo. "Na minha área, convocaram até o 11º aprovado, mas muitas outras vagas têm sido preenchidas com prestadores de serviços. Sabemos que é direito do município esse tipo de contratação, mas acontece também o chamamento de pessoas sem seguir a ordem de colocação no resultado final, o que é no mínimo estranho", disse o estudante e finalizou, "o concurso foi prorrogado pela segunda vez, até março de 2018, o que também está dentro do seu direito, mas o que temos visto são pessoas ocupando vagas que foram conquistadas numa prova sem terem concorrido".
O grupo buscou o apoio do vereador Rômulo Ponte (PSDB), que entrou, na Câmara de Vereadores daquele município, com requerimento durante sessão da Casa, no último dia 5 deste mês, solicitando informações e o levantamento de documentação sobre o concurso. O tema foi rejeitado com 9 votos contra dois. O vereador também solicitou informações no Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), que permite a qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhar pedidos de acesso à informação ao Poder Público. "Ter acesso a essas informações é um direito garantido por lei e que deve ser cumprido. Estamos também vendo a possibilidade de entrarmos com um Mandado de Segurança que assegure o acesso às vagas, por parte dos aprovados", alertou.
Cariré possui 1.064 servidores públicos, destes, cerca de 700 são estatutários; os demais ocupam cargos comissionados, e há também os prestadores de serviços, principalmente nas áreas da saúde e da educação, por conta da demanda das pastas, diz Raquel Portela, controladora do município, que afirma, em relação à prorrogação do concurso por 2 anos, "que está dentro do prazo de validade, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, contado a partir de 8 de março de 2016, até 8 de março de 2018".
Em relação às convocações, a controladora diz que "não conhece situações específicas que estão sendo questionadas, mas pedimos que as pessoas aprovadas, e que receberam carta de convocação ou fizeram exames médicos, e até agora não foram chamadas, reúnam documentos e se dirijam ao setor de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Cariré para que possamos avaliar o caso concreto de forma individual e resolver as demandas que estiverem pendentes até a presente data".
Previsão
Sobre o preenchimento de vagas, a controladora explica que, "se existem pessoas prestadoras de serviços em detrimento de quem foi aprovado, também é algo que deve ser visto, caso a caso, para que possamos adequar a situação de forma particular. "Mas, é importante ressaltar que há previsão, conforme a legislação federal, artigo 37, IX, da Constituição Federal, bem como há legislação municipal vigente, na Lei nº 288/2009, que tratam da legalidade da Contratação Temporária para atender necessidades emergenciais, visto que o serviço público é contínuo".
O assunto foi levado ao Ministério Público Estadual, por meio da promotora de Justiça da Comarca de Cariré, Christiane Valéria Carneiro, que instaurou inquérito e realizou duas audiências públicas sobre a questão. Uma terceira está marcada para amanhã, na sede da Promotoria, para ouvir representantes da gestão municipal.
Fonte, DN
Na mesma situação, se encontra Geovana Dias Pinheiro, técnica de enfermagem, moradora de Cariré, que também tentou o tão esperado concurso, pleiteando uma vaga de serviços gerais, mas até hoje não assumiu o cargo. Geovana, que alcançou a 32ª colocação no concurso público, se sente prejudicada. "É muito chato ficar nessa expectativa sem nenhuma resposta. Eu investi R$ 60 na ficha de inscrição para as provas, além de R$ 40, que paguei pela apostila, para que eu me preparasse, e consegui minha aprovação. Fiquei feliz ao saber que havia passado, mas a demora em assumir minha vaga me trouxe para outra realidade", desabafa a jovem que se encontra desempregada.
Cansadas de buscar e não obter respostas da antiga gestão (Antônio Martins, do PDT) e, agora da atual, na representação do prefeito Elmo Aguiar, também do PDT, que assumiu o município este ano, Camila e Geovana formaram um grupo com outras pessoas que se encontram na mesma situação.
Uma delas é o estudante universitário Denilson de Paula Azevedo (28), também aprovado no concurso público, na 14ª colocação para agente administrativo, mas que não ocupou o cargo. "Na minha área, convocaram até o 11º aprovado, mas muitas outras vagas têm sido preenchidas com prestadores de serviços. Sabemos que é direito do município esse tipo de contratação, mas acontece também o chamamento de pessoas sem seguir a ordem de colocação no resultado final, o que é no mínimo estranho", disse o estudante e finalizou, "o concurso foi prorrogado pela segunda vez, até março de 2018, o que também está dentro do seu direito, mas o que temos visto são pessoas ocupando vagas que foram conquistadas numa prova sem terem concorrido".
O grupo buscou o apoio do vereador Rômulo Ponte (PSDB), que entrou, na Câmara de Vereadores daquele município, com requerimento durante sessão da Casa, no último dia 5 deste mês, solicitando informações e o levantamento de documentação sobre o concurso. O tema foi rejeitado com 9 votos contra dois. O vereador também solicitou informações no Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC), que permite a qualquer pessoa, física ou jurídica, encaminhar pedidos de acesso à informação ao Poder Público. "Ter acesso a essas informações é um direito garantido por lei e que deve ser cumprido. Estamos também vendo a possibilidade de entrarmos com um Mandado de Segurança que assegure o acesso às vagas, por parte dos aprovados", alertou.
Cariré possui 1.064 servidores públicos, destes, cerca de 700 são estatutários; os demais ocupam cargos comissionados, e há também os prestadores de serviços, principalmente nas áreas da saúde e da educação, por conta da demanda das pastas, diz Raquel Portela, controladora do município, que afirma, em relação à prorrogação do concurso por 2 anos, "que está dentro do prazo de validade, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, contado a partir de 8 de março de 2016, até 8 de março de 2018".
Em relação às convocações, a controladora diz que "não conhece situações específicas que estão sendo questionadas, mas pedimos que as pessoas aprovadas, e que receberam carta de convocação ou fizeram exames médicos, e até agora não foram chamadas, reúnam documentos e se dirijam ao setor de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Cariré para que possamos avaliar o caso concreto de forma individual e resolver as demandas que estiverem pendentes até a presente data".
Previsão
Sobre o preenchimento de vagas, a controladora explica que, "se existem pessoas prestadoras de serviços em detrimento de quem foi aprovado, também é algo que deve ser visto, caso a caso, para que possamos adequar a situação de forma particular. "Mas, é importante ressaltar que há previsão, conforme a legislação federal, artigo 37, IX, da Constituição Federal, bem como há legislação municipal vigente, na Lei nº 288/2009, que tratam da legalidade da Contratação Temporária para atender necessidades emergenciais, visto que o serviço público é contínuo".
O assunto foi levado ao Ministério Público Estadual, por meio da promotora de Justiça da Comarca de Cariré, Christiane Valéria Carneiro, que instaurou inquérito e realizou duas audiências públicas sobre a questão. Uma terceira está marcada para amanhã, na sede da Promotoria, para ouvir representantes da gestão municipal.
Fonte, DN
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