Análise: Ceará vê jejum aumentar, não confirma vaga na Sul-Americana e vê Libertadores longe
O Ceará entrou em campo no fechamento da 36ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro sonhando em se reaproximar do G-8 por uma vaga na Libertadores. Mas o Vovô acabou derrotado pelo Fluminense, por 3 a 1, e se manteve na 12ª colocação, com 46 pontos, reduzindo assim suas chances de classificação ao chegar ao 4º jogo sem vencer. O Alvinegro terminou a rodada quatro pontos atrás do Athletico/PR, o 8º colocado.
Se vencesse o Flu, o Ceará se classificaria matematicamente para a Copa Sul-Americana, mas o clube precisa apenas de dois pontos nas duas rodadas finais contra rebaixados. No sábado (20), o Vovô enfrenta Coritiba, às 18h30, no Couto Pereira, e no dia 25, encerra a Série A diante do Botafogo, às 21h30, em casa.
O Alvinegro tem que dar uma resposta nas duas rodadas finais, para fechar bem a Série A, com 52 pontos, que seria sua melhor pontuação da história dos pontos corridos (em 2010, o clube somou 47) e possivelmente a melhor colocação (em 2010, foi o 12º). Além do viés histórico, o clube se classificaria bem para a Copa Sul-Americana, já que as chances de G-8 praticamente são nulas agora, e fecharia em alta a grande campanha na Série A de 2020. Encerrar a Série A em um G-10 seria um prêmio para um clube que fez uma campanha sólida e vai para o 4º ano seguido na elite em 2021.
A resposta em performance e pontuação é necessária, pois a equipe, ao
conquistar matematicamente a permanência na Série A com seis rodadas de
antecedência, caiu muito de rendimento, aparentemente em um relaxamento
natural após a conquista do objetivo inicial em uma temporada tão
desgastante.
Já são quatro jogos sem vencer - três derrotas e um empate - que não
apagam a grande campanha na Série A, mas que deixam uma ponta de
frustração pela capacidade já mostrada do time de Guto Ferreira de
melhor colocação, de uma pontuação mais alta.
Contra o Fluminense, um rival embalado e sonhando com uma vaga direta
na Libertadores pelo G-4, o Ceará até melhorou em comparação aos jogos
diante de Athletico/PR, Corinthians e São Paulo. Criou mais do que nas
citadas partidas, mas errou tanto quanto, comprometendo mais um
resultado.
Ainda que os desfalques de Samuel Xavier, Lima e Cléber sejam
complicadores, as entradas de Eduardo, Charles e Saulo, eram naturais,
mas o rendimento do time caiu.
Filme repetido
E não só pelos três, que se esforçaram e até criaram chances para o Vovô, com Charles arriscando de fora da área para defesa do goleiro e Saulo deixando Vina na cara do gol, mas mais uma vez o time alvinegro esteve em uma rotação abaixo: nem Vina, nem Fernando Sobral, nem Léo Chú fizeram um grande jogo, dificultando as ações ofensivas.
Enquanto lá atrás, os erros defensivos corriqueiros nos últimos jogos
continuaram: a dupla de zaga falhou demais - Tiago e Luiz Otávio não
foram bem - além dos laterais cedendo espaços para os ataques
tricolores. Para dificultar mais ainda, Richard, que fez a diferença
contra o São Paulo com grandes defesas, não repetiu o desempenho.
Após o 1º tempo com o placar parcial de 1 a 0, Daniel Azambuja (auxiliar
que substituía Guto Ferreira, suspenso), tentou mudar a cara da equipe
com Wescley e Felipe Vizeu, mas o Vovô, embora tenha melhorado em volume
de jogo pressionado, desperdiçou suas chances.

E o jovem time do Fluminense nem fez uma partida brilhante, longe
disso, mas aproveitou bem as falhas defensivas do Ceará para abrir dois
gols e ainda marcar o terceiro, quando o Alvinegro se animou após
diminuir de pênalti.
O gol solitário de Vina, foi uma das poucas coisas positivas do time no
jogo de ontem. Foi o 13º gol dele na Série A, isolando-se como maior
artilheiro do Vovô em um Brasileiro de pontos corridos. Também é um
prêmio pelo ano espetacular do Vina, um dos responsáveis diretos pela
grande campanha do Vovô na elite.
Ficha Técnica
Série A do Brasileiro - 36ª rodada
Arena Castelão, em Fortaleza (CE)
15 de fevereiro
Ceará 1
Richard, Eduardo, Tiago Pagnussat (Klaus), Luiz Otávio, Bruno Pacheco, Fabinho, Charles (Wescley),
Fernando Sobral (Rick), Vina, Léo Chú (Jacaré), Saulo Mineiro (Felipe Vizeu). Técnico: Daniel Azambuja
Fluminense 3
Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro, Egídio, Martinelli (André), Yago Felipe, Nenê (Hudson), Luiz Henrique
(Pacheco), John Kennedy (Samuel), Lucca (Michel Araújo). Técnico: Marcão
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO). Gols: Vina (Ceará) e John Kennedy,
Martinelli e Samuel (Fluminense). Cartões Amarelos: Léo Chú (Ceará) e
Lucca (Fluminense) .
Fonte, DN
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