Megatraficante preso no Ceará se passava por investidor de criptomoedas para justificar patrimônio

O megatraficante preso em Juazeiro do Norte, no Ceará, suspeito de chefiar um grupo criminoso que atuava em diversos estados do país, se passava por empresário e investidor de criptomoedas. O homem tem 42 anos, é natural de Potengi, na região do Cariri cearense, e mantinha uma vida de luxo. Segundo Júlio Agrelli, delegado de Juazeiro do Norte, o homem utilizava o título de investidor para justificar o volume financeiro que movimentava, assim como sua evolução patrimonial.

Com ele, foram apreendidos carros de luxo, relógios, joias e roupas de marca. Policiais afirmaram que em "um curto período" o suspeito movimentou R$ 3,5 milhões. Entre os bens apreendidos estão a mansão do suspeito, veículos que somam R$ 4 milhões, dinheiro em espécie, joias e itens de ouro. 

Histórico de crimes

Como o g1 já havia adiantado, o megatraficante foi condenado, recentemente, por integrar organização criminosa no Distrito Federal. Segundo a polícia, ele é responsável pela prática de vários delitos, tais como tráfico de drogas e armas de fogo, além de homicídios nas regiões do Riacho Fundo, Recanto das Emas, Samambaia, Ceilândia e Taguatinga.

O homem já havia sido preso em Brasília por tráfico e atuava como batedor de carregamentos de drogas.

Em 2013 foi preso com mais de mil comprimidos de “ecstasy” e condenado com outros 4 homens por tráfico e associação para o tráfico. Conforme constou da sentença condenatória, "os investigados se associaram para praticar tráfico ilícito de drogas interestadual. Eles atuavam na compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de drogas entre Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás e o Distrito Federal, notadamente cocaína e drogas sintéticas". 

Operação

A prisão do homem de 42 anos é resultado de uma operação da Polícia Civil. O grupo criminoso chefiado pelo alvo atuava nos estados de Mato Grosso, Distrito Federal, Tocantins, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A operação começou em dois anos e descobriu grande movimentação de dinheiro nesses estados. Ainda de acordo com a polícia, a organização tinha empresas de fachada nos estados de Tocantins e Minas Gerais e todo o dinheiro passava por elas.

Foram cumpridos 80 mandados de busca e apreensão e 14 de prisão temporária. Houve também bloqueio de dezenas de contas bancárias (com sequestro judicial de valores em conta), de cinco imóveis e de 20 veículos de luxo. 

Fonte, G1 Ceará

 

 

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