MP denuncia empresário e ex-policiais suspeitos de assassinar advogado em Fortaleza
Após a Polícia Civil concluir investigação sobre o assassinato do advogado Francisco Di Angellis Duarte Morais, de 41 anos, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) apesentou denúncia à 1ª Vara do Júri de Fortaleza contra os três suspeitos do crime: o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso e os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim.
O homicídio aconteceu no dia 6 de maio, quando Francisco descia do veículo para entrar na própria casa no Bairro Parquelândia, em Fortaleza, e foi surpreendido pela aproximação de uma motocicleta com dois homens.
Ainda de acordo com o MPCE, o garupeiro efetuou disparos de arma de fogo, causando a morte da vítima. O crime teria como mandante Ernesto.
Os três suspeitos foram denunciados pelos crimes de homicídio. O MP ainda requer que, em caso de condenação, seja fixado valor de R$ 1.000.000,00 para reparação dos danos à família do advogado.
Morte encomendada
Ainda segundo a denúncia do ministério, Ernesto teria encomendado a morte de Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias. De acordo com o acusado, as publicações levantavam dúvidas quanto a honestidade de seu patrimônio.
Durante as negociações com o advogado, o empresário conseguiu os dados do veículo da vítima e providenciou para que José Luciano e Glauco preparassem uma emboscada.
No dia 28 de abril de 2023, enquanto Ernesto e Di Angellis se encontravam em uma padaria no município do Eusébio para encerrar as negociações, José Luciano e Glauco conseguiram instalar o rastreador no escapamento do carro da vítima, possibilitando que os ex-policiais soubessem a exata localização da vítima no dia do homicídio.
Relembre as prisões
O empresário e os três policiais tiveram as prisões temporárias convertidas em prisões preventivas. Conforme a Polícia Civil, as capturas aconteceram em Fortaleza, Caucaia e Eusébio, municípios da Região Metropolitana da capital cearense.
Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados uma arma de fogo, munição, uma pequena quantidade de drogas, celulares e dois veículos.
Francisco Di Angellis defendia o grupo de comunicação Don7 Media Group. Conforme testemunhas, Francisco recebia ameaças dias antes do crime.
Fonte, G1 CE
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