Vídeo mostra policiais perto da casa de juíza do RJ na tarde da morte
Os depoimentos de dois dos policiais envolvidos foram cruciais para as investigações. Um deles deu uma entrevista reveladora a Sônia Bridi. A reportagem é dela e de Tyndaro Menezes.
Onze de agosto, dia da morte da juíza Patrícia Acioli. São 15h45. Imagens inéditas mostram um homem caminhando na ponte de acesso ao condomínio onde a juíza será assassinada à noite. É o tenente Daniel Benitez, do Batalhão da Polícia Militar de São Gonçalo. Ele entra no condomínio, atravessa a rua principal e se dirige à Rua dos Corais, onde Patrícia morava. Benitez tem a cobertura do cabo Sérgio Costa Júnior, também do 7º Batalhão.
Às 16h10, a motocicleta pilotada por Sérgio faz o mesmo caminho. Cinco minutos depois, os dois deixam juntos o lugar. Benitez ainda está a pé. Sérgio, na moto, segue na frente. São esses dois que, dentro de sete horas, vão disparar 21 tiros contra a juíza.
Benitez usa calça jeans clara, casaco escuro e tênis branco. À noite, está vestido igual, como o Fantástico mostrou há duas semanas. Ao todo, os dois policiais passam meia hora estudando pela última vez o local onde planejam executar o crime.
A polícia chegou a estas imagens depois que o cabo da PM, que estava na garupa da motocicleta e foi um dos autores dos disparos que mataram a juíza, fez um acordo de delação premiada. Contou detalhes do crime em troca da redução da pena.
Pouco depois das 23h, a juíza deixa sua sala no Fórum de São Gonçalo e dirige 29 quilômetros sem perceber que está sendo seguida pela moto de Benitez e Sérgio. Agora, sabe-se que o esquema era ainda maior. Um carro também está no fórum, vigiando a saída da juíza.
A moto demora a pegar e é o carro que começa a seguir. Nele está o cabo Jovanis Falcão Júnior. O carro sai da perseguição quando é alcançado pela moto, onde estão o tenente Benitez e Sérgio, o cabo que fez a delação premiada.
Em entrevista exclusiva ao Fantástico, esse policial revelou que todos os detalhes foram revistos naquele dia porque, sem ter ideia do perigo que corria, a juíza havia escapado de duas emboscadas naquela semana. “Porque ela tinha cancelado uma reconstituição”, conta o cabo. “A outra tentativa, eu não me recordo, mas ela tinha saído mais cedo, dentro da mesma semana”.
FONTE G1
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