Projeto social capacita juventude em municípios na Zona Norte

Em um período de sete meses, os interessados são qualificados em oito cursos específicos para atender às exigências do mercado de trabalho. A matrícula é um quilo de alimento e as mensalidades custam apenas R$ 25,00. O certificado é reconhecido em todo o território nacional.
De acordo com Cynthia, o objetivo do projeto é resgatar a autoestima de jovens carentes, tirando-os da ociosidade e dando oportunidade de ingresso no mercado de trabalho. "Nossas grades de cursos são feitas a partir de um estudo de campo sobre as necessidades do mercado".
O pacote dessa vez conta com cursos de qualidade no atendimento, auxiliar em segurança do trabalho, marketing pessoal e profissional, auxiliar de departamento pessoal, auxiliar administrativo, supervisor de vendas, gerente comercial e atendente bancário. "São cursos voltados para o mercado de modo geral. No final do curso, todas as turmas são reunidas em uma grande palestra sobre desenvolvimento pessoal e profissional e o segredo da autoestima".
O casal afirma que a demanda pelos cursos é grande, tendo turmas durante todo o dia de sábado, divididos em aulas de duas horas por turma e sem número de vagas. "Houve uma grade que foi ofertada em Itapipoca que chegou a ter uma média de 400 alunos. Existiam turmas a cada duas horas, das 8h até as 20h".
Segundo Ítalo, um dos maiores desafios hoje é que o diploma seja reconhecido também pelo Ministério da Educação (MEC) e a conscientização do aluno para que ele não largue o curso pela metade quando conseguir um emprego. "Hoje há um índice de 30% de desistência, principalmente, porque os jovens conseguem o emprego tão desejado. Isso é prejudicial porque apenas quando se participa de todos os módulos ele recebe o certificado", diz.
Para contornar isso, o projeto oferece a opção de troca de horário e declarações para serem apresentadas ao empregador. "É normal que os empregadores sejam bem flexíveis quanto ao jovem continuar no curso, pois é o profissional dele que estará trazendo qualidade para o serviço oferecido", explica Ítalo.
O projeto, que completou três anos, já fazia parte dos planos do casal há quase cinco anos. Ítalo conta que sempre foi um desejo de ambos e fazia parte do cotidiano de Cynthia, que trabalhava com Serviço Social. "Foram mais de quatro anos pensando e planejando, pois os gastos foram expressivos para abrir o Instituto, além das buscas por parceiros".
Parceria Para o projeto chegar a uma cidade, ele deve ter parceria com a Secretaria de Educação do município, a fim de que seja cedido um espaço para as aulas. Os professores pagos pelo Idec são levados por Ítalo para as cidades atendidas, e a manutenção financeira é feita semanalmente.
Cynthia comenta que o pagamento semanal da folha de professores é uma escolha feita por eles, que garantem que, caso um professor não atenda às necessidades da turma, possa ser trocado ou remanejado.
Ela conta que o nível de envolvimento do projeto com os alunos é bastante pessoal, ressaltando o caso de uma das alunas que ficou paralítica e não pôde terminar o curso com a turma. "Eu e Ítalo levamos o professor à casa dela e terminamos o curso em domicílio, entregando-lhe o certificado". Outro perfil de aluno são os idosos que buscam estar em boa forma produtiva.
Mais InformaçõesProjeto Jovem em Ação
Rua Coronel Diogo Gomes, 1050 Centro - Sobral
Zona Norte do Estado
Telefone: (88) 9996.1349
JÉSSYCA RODRIGUES COLABORADORA
Fonte, DN
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