Procuradoria denuncia Vaccari e Renato Duque por lavagem de dinheiro
São Paulo. A força-tarefa do Ministério Público
Federal (MPF) na Lava-Jato entregou à Justiça, ontem, nova acusação
formal contra o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de
Serviços da Petrobras Renato Duque e o executivo Augusto Ribeiro de
Mendonça Neto, um dos delatores da investigação sobre corrupção na
estatal.
De acordo com o MPF, a denúncia foi oferecida pela prática de lavagem de dinheiro, por 24 vezes, no total de R$ 2,4 milhões, entre abril de 2010 e dezembro de 2013. Vaccari e Duque estão detidos.
Segundo a denúncia, uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores da força tarefa da Lava-Jato sustentam que existem, ainda, "vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com o PT".
Os procuradores relatam na acusação que para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal, Setec e SOG, assinaram dois contratos, em 1.º de abril de 2010 e em 1.º de julho de 2013, respectivamente, com a Gráfica Atitude Ltda. "Contudo, a Gráfica jamais prestou serviços às empresas do grupo Setal, emitindo notas frias para justificar os pagamentos", declararam.
Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava- Jato, "embora a denúncia envolva um partido político, o esquema era pluripartidário". "Já foram denunciados, anteriormente, operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB. A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, o qual favorece a corrupção seja qual for o partido", afirma a Procuradoria.
Vaccari permanece preso, à disposição da Justiça Federal. O procurador da República Roberson Pozzobon, que também integra a força-tarefa, ressalta que essa e outras prisões são essenciais para proteger a sociedade. "Os presos continuaram praticando crimes até 2014, de modo profissional e ignorando o avanço das investigações. Caso sejam soltos, estarão em posição de continuar a praticá-los".
O Ministério Público Federal pediu a condenação dos réus à restituição de R$ 2,4 milhões, bem como ao pagamento, a título de indenização, de mais R$ 4,8 milhões.
A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão. Segundo a Procuradoria, a pena aplicada será aumentada de um até dois terços "em razão da reiteração dos crimes e de terem sido praticados por organização criminosa".
Outras denúncias
A nova denúncia contra Vaccari, por lavagem de dinheiro, é resultado de desdobramento da investigação sobre propinas pagas para o PT, em forma de doações oficiais, e para Duque no âmbito dos contratos e desvios das obras das refinarias REPAR, situada em Araucária (PR), e REPLAN, em Paulínea (SP).
A força-tarefa do Ministério Público Federal sustenta que parte do valor que teria sido desviado da REPAR e da REPLAN foi destinada ao ex-diretor de Serviços da estatal e acabou direcionada para Vaccari e o Partido dos Trabalhadores por meio da Editora Gráfica Atitude, que mantém vínculos com a agremiação partidária. Os repasses para Vaccari e o PT teriam ocorrido mediante a celebração de contratos ideologicamente falsos.
Fonte, DN
De acordo com o MPF, a denúncia foi oferecida pela prática de lavagem de dinheiro, por 24 vezes, no total de R$ 2,4 milhões, entre abril de 2010 e dezembro de 2013. Vaccari e Duque estão detidos.
Segundo a denúncia, uma parte da propina paga para Renato Duque, então diretor de Serviços da Petrobras, foi direcionada por empresas do grupo Setal Óleo e Gás, controlado por Augusto Mendonça, para a Editora Gráfica Atitude Ltda., a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores da força tarefa da Lava-Jato sustentam que existem, ainda, "vários indicativos de ligação da Gráfica Atitude com o PT".
Os procuradores relatam na acusação que para conferir uma justificativa econômica aparentemente lícita para os repasses da propina, empresas do grupo Setal, Setec e SOG, assinaram dois contratos, em 1.º de abril de 2010 e em 1.º de julho de 2013, respectivamente, com a Gráfica Atitude Ltda. "Contudo, a Gráfica jamais prestou serviços às empresas do grupo Setal, emitindo notas frias para justificar os pagamentos", declararam.
Segundo o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava- Jato, "embora a denúncia envolva um partido político, o esquema era pluripartidário". "Já foram denunciados, anteriormente, operadores vinculados às diretorias controladas pelo PP e pelo PMDB. A partidarização do olhar sobre as investigações prejudica os trabalhos, porque tira o foco do que é mais importante, que é a mudança do sistema, o qual favorece a corrupção seja qual for o partido", afirma a Procuradoria.
Vaccari permanece preso, à disposição da Justiça Federal. O procurador da República Roberson Pozzobon, que também integra a força-tarefa, ressalta que essa e outras prisões são essenciais para proteger a sociedade. "Os presos continuaram praticando crimes até 2014, de modo profissional e ignorando o avanço das investigações. Caso sejam soltos, estarão em posição de continuar a praticá-los".
O Ministério Público Federal pediu a condenação dos réus à restituição de R$ 2,4 milhões, bem como ao pagamento, a título de indenização, de mais R$ 4,8 milhões.
A pena para o crime de lavagem de dinheiro é de três a dez anos de prisão. Segundo a Procuradoria, a pena aplicada será aumentada de um até dois terços "em razão da reiteração dos crimes e de terem sido praticados por organização criminosa".
Outras denúncias
A nova denúncia contra Vaccari, por lavagem de dinheiro, é resultado de desdobramento da investigação sobre propinas pagas para o PT, em forma de doações oficiais, e para Duque no âmbito dos contratos e desvios das obras das refinarias REPAR, situada em Araucária (PR), e REPLAN, em Paulínea (SP).
A força-tarefa do Ministério Público Federal sustenta que parte do valor que teria sido desviado da REPAR e da REPLAN foi destinada ao ex-diretor de Serviços da estatal e acabou direcionada para Vaccari e o Partido dos Trabalhadores por meio da Editora Gráfica Atitude, que mantém vínculos com a agremiação partidária. Os repasses para Vaccari e o PT teriam ocorrido mediante a celebração de contratos ideologicamente falsos.
Fonte, DN
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