Ministro da Justiça ordena uso da força contra caminhoneiros se necessário
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia
Rodoviária Federal (PRF) aplique multas e, se necessário, use a força
para desobstruir rodovias bloqueadas por caminhoneiros do Comando
Nacional do Transporte, entidade criada no ano passado à revelia dos
tradicionais sindicatos da categoria. Relatório divulgado pela PRF às 9h
nesta terça-feira (10/11) aponta bloqueios parciais em 22 trechos de 21
rodovias federais em sete estados — Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
Paraná, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Ceará.
O ministério considera baixa a adesão às manifestações, mas entende que não pode tolerar bloqueios e arruaças. Os protestos teriam como objetivo provocar desabastecimento de alguns produtos em determinadas regiões e, com isso, desestabilizar o governo. O item número um da pauta dos manifestantes é a deposição da presidente Dilma Rousseff.
No segundo dia de greve, o Rio Grande do Sul era o estado com mais manifestações pela manhã: dez. Em nove pontos não havia qualquer bloqueio à passagem de veículos. Em um, no Km 245 da BR-276, em Apucarana, só estava liberado o tráfego de ônibus, ambulâncias, veículos de passeio e caminhões retidos.
No Ceará, aproximadamente 35 caminhões interditam o fluxo de trânsito no km 316 da BR-222, na manhã desta terça-feira (10), em Tianguá, 310 km de Fortaleza. Outro bloqueio realizado pelos caminhoneiros no estado do Ceará era no Km 170 da BR-116 em Russas, mas o trecho foi liberado ainda no final da tarde de ontem, de acordo com a PRF/CE.
O Paraná apresentava oito pontos com interdições parciais de rodovias, enquanto Santa Catarina tinha três também com impedimento à passagem de veículos e um sem bloqueio. Em Minas Gerais foram contabilizados seis trechos em que a passagem era seletiva. Tocantins também tinha um ponto em que o trânsito não era totalmente livre. Já na Bahia, havia apenas uma manifestação, mas sem afetar o vaivém na BR-242, em Barreiras.
Na segunda-feira, o governo federal atuou para enfraquecer a greve, que no primeiro dia bloqueou 48 pontos de rodovias em 12 estados. Cardozo anunciou que os caminhoneiros que tentarem impedir o “direito de ir e vir” receberão multas de mais de R$ 1,9 mil. Para ele, os líderes do movimento não têm uma reivindicação da categoria dos caminhoneiros, mas uma “pauta política”. Um reflexo disso é a falta de apoio à greve atual por outras entidades da categoria.
Outros sindicatos de caminhoneiros criticaram os protestos ontem. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país”. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), filiada à CUT, os caminhoneiros estão sendo usados em prol de interesses políticos. O líder do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, disse que a força do primeiro dia de greve superou as expectativas da organização. No entanto, afirmou que a entidade não vai participar de eventuais protestos, assim como não atuou na paralisação do primeiro semestre.
Com informações do O Globo.
O ministério considera baixa a adesão às manifestações, mas entende que não pode tolerar bloqueios e arruaças. Os protestos teriam como objetivo provocar desabastecimento de alguns produtos em determinadas regiões e, com isso, desestabilizar o governo. O item número um da pauta dos manifestantes é a deposição da presidente Dilma Rousseff.
No segundo dia de greve, o Rio Grande do Sul era o estado com mais manifestações pela manhã: dez. Em nove pontos não havia qualquer bloqueio à passagem de veículos. Em um, no Km 245 da BR-276, em Apucarana, só estava liberado o tráfego de ônibus, ambulâncias, veículos de passeio e caminhões retidos.
No Ceará, aproximadamente 35 caminhões interditam o fluxo de trânsito no km 316 da BR-222, na manhã desta terça-feira (10), em Tianguá, 310 km de Fortaleza. Outro bloqueio realizado pelos caminhoneiros no estado do Ceará era no Km 170 da BR-116 em Russas, mas o trecho foi liberado ainda no final da tarde de ontem, de acordo com a PRF/CE.
O Paraná apresentava oito pontos com interdições parciais de rodovias, enquanto Santa Catarina tinha três também com impedimento à passagem de veículos e um sem bloqueio. Em Minas Gerais foram contabilizados seis trechos em que a passagem era seletiva. Tocantins também tinha um ponto em que o trânsito não era totalmente livre. Já na Bahia, havia apenas uma manifestação, mas sem afetar o vaivém na BR-242, em Barreiras.
Na segunda-feira, o governo federal atuou para enfraquecer a greve, que no primeiro dia bloqueou 48 pontos de rodovias em 12 estados. Cardozo anunciou que os caminhoneiros que tentarem impedir o “direito de ir e vir” receberão multas de mais de R$ 1,9 mil. Para ele, os líderes do movimento não têm uma reivindicação da categoria dos caminhoneiros, mas uma “pauta política”. Um reflexo disso é a falta de apoio à greve atual por outras entidades da categoria.
Outros sindicatos de caminhoneiros criticaram os protestos ontem. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país”. Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), filiada à CUT, os caminhoneiros estão sendo usados em prol de interesses políticos. O líder do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Nélio Botelho, disse que a força do primeiro dia de greve superou as expectativas da organização. No entanto, afirmou que a entidade não vai participar de eventuais protestos, assim como não atuou na paralisação do primeiro semestre.
Com informações do O Globo.
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