Ceará tem o 2º aumento do número de mortes violentas de homens, diz IBGE

A proporção de óbitos violentos no Ceará aumentou de 69,3 para 141,5 a cada cem mil homens, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta segunda-feira (30). Além do Ceará, o índice teve alta elevação em Alagos, São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o órgão. Este foi o segundo maior aumento do Brasil, atrás apenas de Alagoas, cujo crescimento no período foi de 73 para 160,8.

“O fenômeno que se observou no Brasil é típico de países que experimentaram um rápido processo de urbanização e metropolização sem a devida contrapartida de políticas voltadas, particularmente, para a segurança e o bem-estar dos indivíduos que vivem nas cidades”, afirma o documento do instituto.

Entre o número de jovens de 15 a 19 anos, o aumento do número de homicídios é ainda maior: de 2004 a 2014, o índice de homicídios dessa faixa etária subiu de 79,1 para 459 por 100 mil habitantes.

Mortalidade infantil
De 1974 a 2014, o número de mortes de crianças até 5 anos de idade no país caiu 90%, segundo os dados das Estatísticas do Registro Civil 2014.


Em 1974, foram registradas 58.201 mortes de crianças com menos de cinco anos no Brasil, número que caiu para 5.804 em 2014, segundo a pesquisa do IBGE. “Progressos maiores e mais rápidos no tratamento das doenças infecciosas e parasitárias, vacinação em massa e distribuição de medicamentos são programas que podem ser implantados a um custo muito baixo, sem que seja necessário mão de obra especializada, mas cujos resultados são excepcionais para a diminuição dos níveis de mortalidade”, afirma a pesquisa do IBGE para ilustrar as causas da queda nos óbitos de crianças menores de cinco anos.

Em 1974, os óbitos de crianças menores de um ano representavam 28,2% do total, e os de menores de 5 anos, 35,6%. Com o declínio da mortalidade nestes grupos etários, os percentuais passaram a ser, em 2014, 2,7% e 3,1%, respectivamente.

Segundo o IBGE, foi na década de 1940 que começou a queda nas taxas de mortalidade infantil graças a “melhorias nas condições de vida, aperfeiçoamento das condições sanitárias, higiene pública, descoberta do dichloro-diphenyl-trichloroethane (DDT), primeiro pesticida moderno, foi largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para combate aos mosquitos vetores da malária e do tifo, e aperfeiçoamento de vacinas e outros meios de medicina preventiva.”

A pesquisa do IBGE ressalta ainda outros fatores que ajudaram a reduzir as taxas de mortalidade como o aumento da escolaridade feminina, a elevação do percentual de domicílios com esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo, e maior acesso da população aos serviços de saúde, com relativa melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida dos bebês.

“Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais, mas também de entidades privadas e organizações sociais, foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e a infanto-juvenil”, diz o texto do IBGE.

Fonte, G1CE

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