Ciro Gomes ajudará o governo como militante e descarta articulação política
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a dizer que fará o possível
para ajudar a presidente Dilma Rousseff (PT) a enfrentar a crise e
manter seu mandato. Ele negou, no entanto, que este apoio inclua uma
participação ativa como interlocutor da presidente junto ao Congresso
Nacional. “Estou fazendo tudo o que estiver ao meu alcance, mas por
dentro do PDT. Nada de articulação com mais ninguém”, disse neste
sábado.
Ciro jantou com a presidente Dilma na última quinta-feira, depois de ter acusado o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de ser o “capitão do golpe” do processo de impeachment da petista. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), um dos principais nomes da ala pró-Dilma do partido, também estava no encontro. O jantar causou irritação entre peemedebistas do Senado. Alguns chegaram a dizer, reservadamente, que Dilma estaria cogitando colocar Ciro Gomes na articulação política da Casa. A proposta desagradaria principalmente o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), adversário de Ciro no Ceará.
Em visita a Porto Alegre neste sábado, Ciro negou que o assunto tenha sido discutido no jantar de quinta-feira. “Nem foi tratado nem eu nem aceitaria. Ela conta comigo para qualquer parada, mas dentro da militância do PDT”, disse.
Ciro veio à capital gaúcha acompanhar a convenção estadual do PDT. Na prática, veio unir o diretório gaúcho do partido em torno da defesa da presidente Dilma. O senador Lasier Martins (PDT-RS), por exemplo, se manifestou favorável à abertura do processo de impeachment, contrariando a posição de Ciro e do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi.
Em conversa com jornalistas antes do evento, Ciro voltou a criticar Temer e afirmou que teve uma “vontade imensa de rir” ao ler a carta em que o peemedebista reclama à Dilma da falta de apoio a ele e ao PMDB. “Aquilo foi de uma miudice (sic) sem precedentes e um ato de absoluto desrespeito levando em conta a gravidade da crise que o País está vivendo”, falou.
Ele também argumentou que não há base legal para o processo de impeachment, já que as pedaladas fiscais não podem ser consideradas um crime de responsabilidade. “Impeachment não é remédio para governo que a gente não gosta”, disse. Além disso, reafirmou que Temer é “parceiro íntimo” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “A presidente Dilma foi muitas vezes advertida por muitos amigos, entre eles eu, de que era uma imprudência colocar este lado do PMDB na linha de sucessão.”
Segundo Ciro, a presidente está bastante serena. “Eu falo tudo com ela franca e fraternalmente. Eu não guardei para mim nenhuma reserva do que estou pensando sobre a questão brasileira”, revelou, acrescentando que a população tem razões para estar descontente com o governo, dada a deterioração da economia.
Ciro é pré-candidato do PDT às eleições para a Presidência da República em 2018. “Se o partido quiser que eu seja candidato, serei em qualquer circunstância”, disse. Antes disso, de acordo com o e ex-ministro e ex-governador do Ceará, a prioridade é preservar a democracia. “Tenho muitas afinidades com a presidenta Dilma, mas não é por elas que eu estou falando o que estou falando. Eu estou convencido de que um golpe nesse instante introduz no Brasil uma instabilidade para 20 anos e introduz entre nós a violência na política.”
Ciro jantou com a presidente Dilma na última quinta-feira, depois de ter acusado o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), de ser o “capitão do golpe” do processo de impeachment da petista. O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), um dos principais nomes da ala pró-Dilma do partido, também estava no encontro. O jantar causou irritação entre peemedebistas do Senado. Alguns chegaram a dizer, reservadamente, que Dilma estaria cogitando colocar Ciro Gomes na articulação política da Casa. A proposta desagradaria principalmente o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), adversário de Ciro no Ceará.
Em visita a Porto Alegre neste sábado, Ciro negou que o assunto tenha sido discutido no jantar de quinta-feira. “Nem foi tratado nem eu nem aceitaria. Ela conta comigo para qualquer parada, mas dentro da militância do PDT”, disse.
Ciro veio à capital gaúcha acompanhar a convenção estadual do PDT. Na prática, veio unir o diretório gaúcho do partido em torno da defesa da presidente Dilma. O senador Lasier Martins (PDT-RS), por exemplo, se manifestou favorável à abertura do processo de impeachment, contrariando a posição de Ciro e do presidente nacional da legenda, Carlos Lupi.
Em conversa com jornalistas antes do evento, Ciro voltou a criticar Temer e afirmou que teve uma “vontade imensa de rir” ao ler a carta em que o peemedebista reclama à Dilma da falta de apoio a ele e ao PMDB. “Aquilo foi de uma miudice (sic) sem precedentes e um ato de absoluto desrespeito levando em conta a gravidade da crise que o País está vivendo”, falou.
Ele também argumentou que não há base legal para o processo de impeachment, já que as pedaladas fiscais não podem ser consideradas um crime de responsabilidade. “Impeachment não é remédio para governo que a gente não gosta”, disse. Além disso, reafirmou que Temer é “parceiro íntimo” do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “A presidente Dilma foi muitas vezes advertida por muitos amigos, entre eles eu, de que era uma imprudência colocar este lado do PMDB na linha de sucessão.”
Segundo Ciro, a presidente está bastante serena. “Eu falo tudo com ela franca e fraternalmente. Eu não guardei para mim nenhuma reserva do que estou pensando sobre a questão brasileira”, revelou, acrescentando que a população tem razões para estar descontente com o governo, dada a deterioração da economia.
Ciro é pré-candidato do PDT às eleições para a Presidência da República em 2018. “Se o partido quiser que eu seja candidato, serei em qualquer circunstância”, disse. Antes disso, de acordo com o e ex-ministro e ex-governador do Ceará, a prioridade é preservar a democracia. “Tenho muitas afinidades com a presidenta Dilma, mas não é por elas que eu estou falando o que estou falando. Eu estou convencido de que um golpe nesse instante introduz no Brasil uma instabilidade para 20 anos e introduz entre nós a violência na política.”
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