Trump reclama de 'tom de ódio' da imprensa americana
O presidente criticou quase todos os veículos de imprensa que fizeram
perguntas na coletiva sobre a nomeação do novo secretário de Trabalho
americano, que durou mais de uma hora. Em várias oportunidades, ele
disse que queria passar a vez da pergunta para "repórteres amigáveis".
"A imprensa se tornou tão desonesta que, se não falarmos disso,
estaríamos em falta com o povo americano. A imprensa está fora de
controle, o nível de desonestidade está fora de controle", afirmou.
Em artigo, o The New York Times escreveu que a coletiva "foi marcada
por uma defesa extraordinariamente crua e zangada, de forma nunca antes
vista na Casa Branca moderna".
"Às vezes abrupto, muitas vezes vacilante, caracteristicamente
arrogante, mas aparentemente dolorido com as representações sobre ele, o
Sr. Trump parecia tentar reproduzir a energia e o entusiasmo de sua
campanha após um mês de governo", diz o texto.
"Herdei uma bagunça"
Trump insultou os maiores veículos de comunicação do país, como o
"debilitado" The New York Times, a CNN e suas "notícias falsas" e o
"mal-agradecido" The Wall Street Journal.
Eu ligo a TV, abro os jornais e vejo matérias sobre o caos [do meu
governo]. É exatamente o oposto. Essa administração está funcionando
como uma máquina bem regulada, apesar de eu não ter meu gabinete
aprovado", disse o presidente.
Ele fez a declaração ao responder perguntas sobre a renúncia de Michael
Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional, que mentiu ao negar às
autoridades em Washington ter conversado com um embaixador russo sobre a
retirada das sanções à Rússia impostas pelo governo do ex-presidente
Barack Obama, em reação a uma suposta interferência russa nas eleições
presidenciais americanas.
"Eu herdei uma bagunça", afirmou Trump ao defender a performance do seu
governo e criticar reportagens sobre a proximidade entre membros do
atual governo e autoridades russas durante a campanha presidencial
americana.
"Não acho que ele [Flynn] fez nada de errado", afirmou ao resslatar que
ele e seus assessores não tiveram nenhum contato com Moscou durante a
campanha e que notícias sobre o assunto "são falsas".
Fonte, G1
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